No dia que o amor morrer
No dia que o amor morrer,
o dia vai ser de sol como outro qualquer.
As ruas serão limpas por um gari qualquer.
As casas serão como todas, uma qualquer
E muito mais acontecerá, num dia qualquer.
Mas o nosso sol não terá o mesmo brilho.
As ruas, os garis, os postes, as vidas,
as casas: Esquecerão o seu (louco) vício.
As horas não serão as mesmas!
terão finalmente seus sessenta minutos.
E neste dia, (algum dia) quem diria!
Os povos não brigaram mais!
As armas perderão seus barulhos
assim como os pássaros o seu canto!
E tudo na mais simples paz.
A moça, que tanto olho (que tanto gosto),
não terá o mesmo brilho que costuma ter.
Assim como as outras moças, as outras,
serão todas iguais, sem nenhum a mais".
Que costumam ter todas as moças.
E o meu chefe, ligará não só a mim,
mas para todos os que trabalham
e dará a mais bela notícia para nós:
"Hoje não precisam vir trabalhar,
me deu uma preguiça, vou descansar."
E assim se firmará, o grande dia
em que o amor morrerá:
Todos sentados em suas camas,
suas vidas, sonhos, amores, seus sofás...
Autor: Marcos Vinicius Policarpo Côrtes
(Obs.: Escrito em 28 de maio de 2002, não se preocupem, o amor está ainda vivo, forte e sadio)
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