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Cronicas-->Caso Celso Daniel: Perseguir a violência em sua ROTA -- 20/01/2002 - 19:44 (Tradutor de Gregorio Barata) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CASO CELSO DANIEL: PERSEGUIR A VIOLÊNCIA EM SUA VERDADEIRA ROTA


"Toda vez que um justo grita
Um carrasco vem calar.
Quem não presta, fica vivo
Quem é bom, mandam matar
Foi trabalhar para todos
e veja o que lhe acontence
Tombado fica seu corpo nessa
esquisita batalha
Suas ações, o seu nome,
por onde a morte os espalha."

Cecília Meirelles
(do "Romanceiro da Inconfidência")


Estamos chocados com a morte de Celso Daniel. É preciso que se faça algo urgente contra a violência, em especial a dos crimes políticos e de desmando, como provavelmente foram os de Toninho e de Celso e como foi a tentativa de assassinar José Rainha.

Por que só temos uma camada da população na cadeia? Só coincidência? O crime organizado, a sonegação, a concentração de renda e de terra, a corrupção, o abuso de poder e de autoridade não são tidos como crimes, ou, se alguns o são, são crimes "diferentes".

Devem ser combatidas tanto a desigualdade económica quanto a de poder (no fundo, são interdependentes). Quando se tenta minimamente fazer isso, como no caso do PT (nem se trata de uma revolução; apenas de um emprego das leis vigentes que não vingam, o que no Brasil já é uma revolução), vêm interesses ilícitos para deixar tudo como está.

Muito mais que a "Rota na rua", é preciso que a origem da violência seja reconhecida e combatida. É preciso perseguir a violência pela "rota" certa. A verdade é que a polícia é a única representação governamental que vai até a favela, até as camadas pobres. Não seria melhor mudarmos esta "rota", começando por um acesso dos desfavorecidos ao bem público, e por uma punição aos corruptos detentores de milhões de dólares em paraíso fiscais? Lembremos disso em 2002, para que discursos vazios, populistas ou imediatistas não nos tragam um novo Collor, ou um velho Maluf.

O combate à violência deve ser simultàneo a um combate à desigualdade; assim, estaremos assegurando, se não uma igualdade ontológica (impossível), uma igualdade social real, visto que a tida "igualdade de oportunidades" de hoje é uma mera ideologia no sentido de Marx (é a ideologia que preenche a lacuna entre as classes, dando uma idéia de harmonia; por exemplo, a suposta isenção das leis).

O crime político é uma violência diferenciada, pois violenta as próprias tentativas de sanar as principais bases de toda a violência.


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