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Poesias-->Fome -- 25/05/2000 - 00:31 (Ana Mendonça) |
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Sinto fome de saber.
Saber entender a mente
de alguns progressistas.
Saber compreender seus atos
cujos fatos revelam podridão.
Saber o que se passa na mente
daquele que mata
sem sujar suas mãos.
Daquele que mata aos pouquinhos
deixando passar falso carinho
num aperto de mão.
E os coitados, que não são poucos,
embarcam num sonho louco
sem pedir explicação.
Depois do tempo passado,
o pesadelo se torna constante
e aquele sonho errante
a vida lhe custou.
A mente do insensato
só cria de fato
uma grande ilusão.
Ilusão para os desbalidos
que em seus olhos buscam
abrigo e doam de si
forças ocultas, inexplicáveis
vindas não se sabe de onde,
porque seu corpo cansado e
maltratado parece não ter força para nada.
Mas a esperança do insensato
é sempre encontrar guarida
através da força contida
nos olhos da multidão.
Olhos que pedem socorro e
encontram falso apoio
e são esmagados sem compaixão.
Tenho fome de entender a mente
desses que vencem
deixando outros no chão.
Tenho fome de entender a minha mente,
que tenta entender a mente "desses"
que não tem coração.
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