Geraldo Alckimim (PSDB) enfatizou nesta segunda-feira a jornalistas, que ainda não está em campanha. O candidato do PSDB falou à imprensa, num seminário sobre política externa organizado pelo PFL.
"Primeiro não há campanha. Seria uma ilegalidade, isso é crime. Antecipar campanha eleitoral está sujeito à punição da lei. Não pode ter campanha e vamos cumprir a lei com absoluto rigor", disse Alckmin a jornalistas após participar de um seminário sobre política externa organizado pelo PFL.
Pela legislação eleitoral, as campanhas só podem começar efetivamente a partir de julho, já que apenas no mês anterior os partidos podem realizar as convenções que formalizam seus candidatos e coligações. O primeiro turno da eleição está marcado para 1º de outubro.
Para o tucano, a campanha começa na prática apenas com o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio, que começa em agosto. "Há uma certa ansiedade, mas eu estou zen. Essa é uma corrida de fundo, a eleição não é domingo que vem, falta meio ano. O que nós estamos fazendo é uma preparação para a campanha", disse.
Alckmin repetiu que não fará uma campanha agressiva contra os seus adversários e que está satisfeito com o patamar de 20% das intenções de voto que tem conseguido nas pesquisas de opinião. "Meu piso é alto."
Ele aproveitou para espetar o PT e o governo Lula, ao lembrar os falecidos Tom Jobim e Mario Covas, ex-governador de São Paulo.
"Mario Covas dizia que a administração pública primeiro é gente, segundo é gente e terceiro é gente. Se você não tiver a pessoa certa no lugar certo, nem com dinheiro faz. E o Tom Jobim dizia que o Brasil não é para amadores", disse o tucano.
Já o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), considerou mais difícil a possibilidade da coligação tucano-pefelista incluir já para o primeiro turno o PMDB, depois que o partido deixou para decidir se terá candidato próprio à Presidência apenas em junho.
"Descartada (a aliança) não, mas ficou mais difícil, evidentemente. Nós estávamos aguardando uma convenção para o início de maio do PMDB e ela foi retardada para junho, o que dificulta, principalmente nos Estados, que não vão poder aguardar junho", disse Bornhausen.
Alckmin confirmou que o candidato a vice em sua chapa será mesmo um pefelista do Nordeste. Segundo Bornhausen, a disputa está restrita aos senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE).