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Artigos-->Cabeças vazias -- 16/05/2006 - 18:10 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Anunciada com muitos dias de antecedência a manhã de segunda-feira, 15 de maio, trouxe ao país através de entrevista coletiva com o treinador da seleção de futebol Carlos Alberto Parreira a lista de jogadores convocados para disputar a copa de futebol 2006.



Sem maiores surpresas para quem acompanha futebol, o treinador leu o nome dos jogadores, sendo que ao final da fala começou o pior pedaço, a entrevista coletiva.



Um show de perguntas imbecis proferidas pelos radialistas do Rio de Janeiro bombardeou Carlos Alberto, que esperando algo mais bem elaborado, respondeu de forma seca às obviedades solicitadas.



Profissionais experientes de rádio, onde o imaginário é fundamental para os ouvintes, os radialistas pousaram de sábios e saíram como burros de um encontro que se tornou exemplar para quem milita na imprensa ou pretende ser inserido no mercado.



O mau exemplo das fases óbvias ou pretensiosas dos jornalistas serve para não ser copiado. Com certeza a empáfia dos muitos anos de cabine trouxe à maioria deles a impressão que dominariam o entrevistado como seguram o microfone.



Os dez dedos de pretensão acabaram se voltando contra suas gargantas, demonstrando que acima de tudo é necessário estudar cada situação com antecedência antes de uma entrevista, preparar as perguntas e esquecer o dia anterior, onde glórias passageiras parecem referendar por uma eternidade.



Muito profissional e bem dirigida, a equipe de telejornalismo da Rede Globo capitaneada por Galvão Bueno percebeu as falhas dos colegas e a reação pouco simpática, porém justificada de Parreira, e entrou rápido com os comentários de Paulo Roberto Falcão e Sérgio Noronha, outro normalmente muito infeliz nos comentários rotineiros.



Para quem acompanha a rotina da imprensa, como observador contumaz, e principalmente para os profissionais e futuros radialistas ou jornalistas foi uma lição muito boa. O trabalho prévio, a pesquisa, itens fundamentais para um bom trabalho, jamais devem ser esquecidos.



A empáfia e a tradição de trabalhar num veículo nunca vão substituir a competência, que se estabelece todos os dias através de um árduo trabalho.



Quem é veterano não pode ser óbvio, quem é novo deve evitá-lo. Jornalismo se faz com percepção, atenção, e sobretudo, sem presunção. Todo presunçoso corre o risco de parecer idiota numa entrevista coletiva. Deveríamos todos agradecer aos interlocutores idiotas e presunçosos que fizeram perguntas a Parreira. Ensinaram aos profissionais de comunicação como não se deve fazer. Só por isso jamais deveriam ser esquecidos. Foi o grande momento da imprensa brasileira no mês de maio.





Publicado no site rondoniaovivo.com em 15/5/2006

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