Soneto adolescente
Quando a minha morte dentro de mim
que o sistema exige intransigente?
Quando se destruirá o jardim
ou a simples consciência da semente?
Quando me farei, também ausente:
acabar, inconsciente do fim?
Quando serei parte dessa corrente?
Quando a minha morte dentro de mim?
Porém, talvez, nada, nada me mude
e eu sempre possa tanto quanto pude
preservando o mesmo discernimento.
Ou, quem sabe, eu seja morto agora
e esse verso que a minha vida mora
o último impulso do sentimento.
Dante Gatto
gattod@terra.com.br |