Não te percas de mim,
que te quero (como quero)
mais que ontem,
mais que homem,
mais que amigo.
Quero ser teu abrigo,
teu refúgio,
tua morada,
teu amor escancarado,
Despido de subterfúgios.
Quero ser tua amada,
tua deusa idolatrada,
teu primeiro pensamento
ao nascer de cada dia
e teu último argumento
quando a noite principia.
Quero ser a tua escolha,
teu desejo satisfeito,
um resquício de fagulha,
chama ardente no teu peito.
Quero, a todo momento,
ser o que sou de fato:
tua sina, tua meta,
tua mulher predileta,
teu ócio, teu arrepio,
tua fêmea no cio,
tua praia, tua ilha,
tua oitava maravilha,
tua Lua, tua rua,
tua matéria...
Tua, toda tua...
Nua, toda nua...
Sempre, para sempre...
Valéria
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Val - 05/06/02
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Val, De Caso Com A Poesia
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