A PONTE APONTA PRA ONDE
“ O que fazer quando não se ambienta
a um mundo alhéio?
Viver em pontes?”
Frank Silva
Na ponte do rio Ceará
Ousei ficar
e vi O Horizonte azul , lilás, róseo grená.
Era tarde
Crepuscular,
Bêbados favelados
Passaram sem me assaltar.
Jogei meu livro
No rio,
Um desvario,
E de cima
Imaginei pular.
Mas já pensou
À aula faltar?
O livro vôou bumerangueando
Para as minhas mãos.
Rampal, o paranormal?
Um õnibos passou
Na contramão,
E o incomum,
Nesse monte de senso comum,
É que subi em riba.
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