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Poesias-->Rotina -- 27/05/2000 - 00:00 (Ana Mendonça) |
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Começo um novo dia.
Meu nome é Ana Maria,
Disso estou certa
Dúvida não tenho.
Os afazeres me tomam por completo
Quase chego esquecer de mim,
Relembro meu nome,
Sou alguém, e, fim.
Corre-corre, gritaria
Confusão por toda parte
Paro, penso
Sou a Ana Maria.
Relembro-me a toda hora
Para insana não ficar
É mãe de cá, mãe de lá
E tudo pra fazer.
Hora do almoço
Meu coração dispara
Por debaixo da mesa
O chute teve endereço errado.
Minha canela dói
Minha cabeça parece um bumbo
Minha vós explode lá do fundo:
Para!!!!!!
Cambaleio até o quarto
Outra roupa eu coloco
Agora chegou a hora
De motorista eu virar.
Levo um, depois o outro
Com hora pra voltar
Tenho tarefas a cumprir
Pra "ele" não reclamar.
Depois da tarefa cumprida
Posso relaxar.
Que nada
No telefone estão a me chamar.
Novamente a motorista
Os filhos vai buscar
A discussão começa no carro
E não tem hora pra parar.
Quando atendo o telefone
E por acaso é pra mim,
Não sei quem escutar
É a pessoa do outro lado ou os filhos a brigar.
Se me fazem alguma pergunta
Não sei como responder
Nessas alturas
Nem mais o meu nome eu sei.
O marido chega...Calmaria.
Todos viram "santos"
Mas o marido dorme
E volta a brigaria.
Quando o cansaço os vence
Posso descansar
Mas minha mente está tão quente
Que não consigo relaxar.
E quando pro marido
Do cansaço eu reclamo
Logo vem "aquela" pergunta:
- Cansada...Por que????!!!
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