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Discursos-->A COPA DE 2014. -- 22/02/2009 - 15:33 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A COPA DE 2014.
Ana Zélia


Estamos em 2009, ansiosos pela resposta se seremos ou não um dos estados que sediara a Copa de 2014, na Região Norte.
Acre, Manaus, Belém.
Torço por Manaus, mas a cegueira de cabocla não me atinge, sei que caboclo perde tudo, mas não perde a bossa.

Vejo Manaus muito fraca, somos a capital da “Zona Franca”, temos um Distrito Industrial competitivo, infelizmente temos uma cidade cuja entrada pelo porto é triste. Digo e assino embaixo, o porto da cidade foi fechado, nos tiraram o direito de ver o por do sol no Rio Negro pelo cais.
Fechou tudo, não se enxerga nada. Tiraram apenas os contêineres.
Os armazéns deram espaço à recente “Lojas Americanas”.

Frontal ao porto tem um terminal de ônibus, repleto de camelôs, tem de tudo, evangélicos pregando com som nas alturas, mesmo com um posto policial ao lado,
Se vende de tudo, do refrigerante, água, milho cozido, tudo, tudo...
DVDs piratas, em cada esquina espalhados pelo chão, carros com frutas, verduras, provocando um mau cheiro incrível.

Governantes aqui passam bem longe. Deputados, vereadores não sabem onde fica o centro da cidade, mudou a Câmara, Assembléia, Palácio do Governo e da Prefeitura foram pra bem distante. Assim eles evitam contato com a população que se vê obrigada a intermináveis horas de espera dos coletivos, o fedor do banheiro público, etc. etc.

As ruas principais de Manaus, Avenida Eduardo Ribeiro, repleta de camelôs, Avenida Sete de Setembro, Marechal Deodoro, o centro antigo da “Belle Epoque”, época áurea da borracha que nos legou o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça e outros prédios como o Palácio Rio Negro, antiga sede do Governo. É a catástrofe anunciada e mostrada a céu aberto, a olho nu.

Quanta falta faz ao homem a perda da identidade que o fez respeitado, não temos mais os legítimos filhos de Ajuricaba o nosso índio herói da tribo dos Manaos, que preso e algemado ia sendo levado para Belém, ao cruzar o “Encontro das Águas”, do Negro e Solimões, a 18 km da foz, preferiu atirar-se às águas do Negro que ele tanto amara a ser escravo dos invasores.
A formação de Manaus hoje é uma miscigenação de nordestinos, paulistas, sulistas, estrangeiros, índios, temos tudo, temos nada...

Vejamos a concorrente Belém. Ontem considerada cidade suja, com o Ver-O-Peso dando nojo.
Hoje eles mostram uma cidade limpa, ruas largas, bem traçadas, com esgoto e arborizadas. Lá não se derruba mangueiras, se conserva.
Paraense se atraca às árvores quando ameaçadas por prefeitos ou governantes loucos que tentam destruí-las.
Nos não fazemos, nem fizemos isto. Manaus foi a “Cidade Sorriso”, repleta de florzinhas, mangueiras, seringueiras, frente à catedral, um museu, um aviaquário que fazia gosto, monumentos lindos, chafariz delicados. Hoje destruídos.

As praças de Belém são grandes e magníficas, no centro a da República que circula o Teatro da Paz, parques ecológicos que também abrigam obras de arte a ser contempladas.

Igrejas, uma das mais belas igrejas do Brasil, a catedral da Sé ou catedral de Nossa Senhora de Belém, na Praça Frei Caetano Brandão, onde nasceu a cidade em 1616.

A Basílica de Nazaré que abriga a Virgem de Nazaré que todos os anos durantre o Círio de Nazaré que leva a Belém multidões de fiéis, vira a Santa Romeira, visitando municípios, viajando de barco na Romaria Fluvial e abençoando seus filhos.

O porto antes repleto de problemas, foi reformado, a antiga Docas: um conjunto de galpões que armazenava mercadorias para embarque e desembarque, as margens do Guamá, no porto da cidade, transformaram num imenso passeio coberto e ar-condicionado com bares, restaurantes, sorveterias, docerias, museus, salões de exposição, barracas de comidas e bebidas regionais, com mais de um quilometro de extensão. Come-se peixe frito com açaí no Ver-O-Peso.

Acre, não conheço nem de passagem. Mas se for uma cidade limpa, bem governada, com um povo que ame sua terra, tenho certeza que terá tudo para sediar a copa de 2014.

Senhora da Conceição, Padroeira do Amazonas, orienta nossos governantes, que não nasceram aqui, mas que foram adotados por nós, deputados federais, estaduais, vereadores, maioria também adotados, amem de fato esta cidade e lutem para transformá-la em algo melhor à sua população.

Bastam de favelas, invasões, agressões ao meio ambiente, a nós amazonenses.

Que as verbas destinadas a melhorar a vida da população seja de fato empregadas, direcionada para o bem comum, que eles meçam o uso do dinheiro que usam cada vez mais em benefício próprio, sugando quem os elegeu como “representantes” de uma população em sua maioria inculta e explorada, seja reduzida e repassada à população, com novos hospitais, equipados, escolas com professores qualificados, bem pagos, cultura, não é só boi, mas arte, valorizando seus escritores, poetas, artistas...

Quem sabe ainda reste uma esperança. Mas como está iremos assistir pela telinha das TVs e quem perde somos nós para aprendermos a não negligenciar quando das eleições destes homens.

Manaus, 22 de fevereiro de 2009. Ana Zélia





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