Usina de Letras
Usina de Letras
41 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Vista da 9 de Julho -- 06/06/2002 - 01:04 (Paula Valéria) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vista da 9 de Julho

- alegoria, declínio e entulho –





Do alto dos prédios

do alto

da torre

do alto de tudo

da maioria da cidade



Vejo o incêndio

o corredor de ônibus

a menina brincando no quintal

o asfalto

os homens da eletricidade

pendurados nas escadas

como é no circo



Os carros passando

em pistas elevadas

sobrepostas propostas

em pistas opostas

com diferentes patamares



Recortes de quadrados

de janelas chapadas

cerradas e encerradas

emsimesmadas



Os ônibus lesmas

nos corredores

os odores de fedores

das fumaças de ácidos

modernos



O lero lero na banca de jornal

anuncia

mais um

e qualquer um

que passa olha mas num lê



E nem sempre leva

o jornal embrulhado

dividido ao meio

que nem pao amassado



A vida correeeee



Mas o trânsito é lento

É confuso

É nojento

É um espaço engessado



Impedindo o fluxo

dos ágeis,

daqueles que vão e vem

ao máximo

no mínimo

de tempo



E a polícia na esquina

força a barra

da limpeza na área,



Na vida que escoa

pelo bueiro

- menos na calçada

que é entulhada

de lixo -

de cartazes

de pessoas

que não sabem aonde vão

aonde estão



Querem apenas ser gente

Tentar existir

como ser

Pessoa



Vejo tudo

à distância

sem clemência

sem puljância

na ótica protegida

de uma janela de emergência

À distância da existência

que silenciosamente

cala e consente

como testemunha dormente

daquilo que na mente

ecoa.



Ótica multifocal

de um frame da vida.

Q soa.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui