Artesão de Sentimentos
Flávio Lucena
Na fenda...
Nesta fresta de existência,
Vou enfiar minha linha,
Costurar meus botões,
De solidão,
Fazer remendos de nós dois,
Trapos de relações,
Abainhar o que sobrou,
Deixar justa,
Pronta para uso,
Cingir aproximações,
Tingir esta paixão,
Pontear este desejo,
Ajustar estas vestes,
Entre pontos circulares
Amarras de amor.
João Pessoa, fevereiro de 2002.
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