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Poesias-->Sobras do nada -- 07/06/2002 - 13:13 (Flávio César de Lucena Lira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sobras do nada

Flávio Lucena



Vou quebrar o resto de tudo

Tudo que sobrou,

Tudo que restou,

Trapos em ruínas,

Molambos suados,

estilhaçados

Livros velhos,

rasgados.

Vidros empoeirados,

largados

fetiches, sonhos sangrados,

Vou jogar...

No lixo toda miséria

Vomitar...

d alma minha desgraça

abortar esta cria...

tudo que em mim habita...

sentimentos embrionários...

saldos de paixão

entulhos, sobejos deste amor,

despojos de corpos sentimentais,

escarros verde cintilante,

Direi adeus...

matarei Felícia ,

abandonarei o velho ano,

celebrarei este novo,

em destroços o coração,

pedaços de nada,

restolhos...

raízes partidas,

machado ensangüentado

Partirei sem saudades,

sem adeus,

despedidas,

levarei apenas o pó,

as sobras daquilo que eu não me desvencilhei





João Pessoa, Fevereiro de 2002

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