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Poesias-->Ao Jovem -- 07/06/2002 - 13:36 (Flávio César de Lucena Lira) |
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Ao jovem
Jovem teus pés correm para a liberdade,
Tua alma é vento
É fogo que queima
Teus olhos é angústia que grita
É esperança que geme
Teu desejo é dela que espera
Teu amor é do theos que ama
Tua voz é solta como espírito
É afiada como espada
Doce como vinho
Azeda como fel
Teu exemplo é rejeitado pelo sistema
Odiado pelos engomados
Amado pelos companheiros
E perseguido pelos covardes
Não ligues quando não te chamam
Desprezes suas mãos sujas
Seus títulos alienantes
Não chores pela sua convenção
Não ligues para sua ordem
És livre
Grites para mundo
Vás ao mundo
Lá é o teu sacerdócio
Lá é o teu magistério
Entre as putas e os viados
Judeus e drogados
Entre livres e aprisionados
Amados e odiados
Entre os Turcos e os bombardeados
Não necessitas de consagração de homens
Consagra-te na vida entre os excluídos e na mesa com os amigos.
Flávio Lucena
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