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Infantil-->RESPEITO É BOM E COMEÇA EM CASA. -- 05/01/2002 - 18:36 (Edna A Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mamãe sempre me dizia que regras eram para serem respeitadas, pois se não as respeitássemos, daríamos o direito de outras pessoas nos desrespeitarem. Ela dizia isto, principalmente quando eu aprontava das minhas.
_ Não entre no quarto de seu irmão, ele não gosta!
E lá estava eu fazendo exatamente o contrário. Aí quando o Fabrício entrava em meu quarto para pegar desodorante ou então, para mexer em meus discos, eu gritava e xingava. Mas pensando bem, eu não o respeitava quando, em seu quarto, fuçava no violão.
Na escola, a coisa não era diferente. Mamãe sempre me alertava: não provoque seus amigos, não faça a eles o que você não gostaria que fizessem a você. Mas como um menino mimado e de cabeça dura, eu fazia tudo, menos tentar compreender as regras que mamãe me apresentava.
Minha diversão era mexer com meus colegas de sala: pegava seus objetos sem pedir-lhes emprestados e quando devolvia sequer dizia obrigado. Hoje, pensando sobre minhas atitudes, creio que os alunos com que um dia estudei nem se lembram mais de mim ou se têm alguma recordação, com certeza não são nada agradáveis. Por incrível que pareça naquela época eu imaginava que as crianças da minha sala me respeitavam, já que nada faziam para impedir-me. Porém, na realidade, eles estavam me mostrando a educação que eu havia esquecido na rua ao entrar pelo portão da escola.
Um dia, sem pensar, durante o intervalo bati em um menino da minha sala, só porque ele havia perdido a tampinha da minha caneta...e olha que o garoto havia pedido mil desculpas! O que eu não esperava é que ele, diante de todos, falasse coisas que eu não queria ouvir, mas que espelhavam a realidade. Ele, chorando, disse-me que ninguém gostava das minhas atitudes, que eu não passava de um tolo que não conhecia as regras da boa convivência. Que obrigado, por favor, com licença e desculpe-me eram palavras mágicas que transformavam a nossa vida para melhor e que eu deveria me perguntar se suportava ser como eu era: metido a mandão, a espertinho. Se na realidade eu não me achava um bobo.
Em casa, contei para minha mãe o que havia acontecido achando que ela me apoiaria e iria contra as palavras tão cruéis de meu colega. Mas graças a Deus, ela me repreendeu e terminou nossa conversa dizendo que era muito mais inteligente e gratificante conquistarmos as pessoas pelas boas atitudes e pelo respeito, e que agindo dentro das regras da boa convivência, as pessoas também passariam a agir do mesmo modo comigo.
A partir daquele momento mudei da água para o vinho. Comecei a observar certas regras e a aplica-las a minha vida, e hoje, vinte e seis anos depois, procuro passar isto a meu filho. Acompanho sua vida escolar e vejo orgulhoso que ele sabe muito bem onde termina sua liberdade e começa o respeito pelo próximo.
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