Bilhete semi-aberto ao Domigos
Ei, calma aí Dominguinhos. Primeiro não fiz nenhuma crítica infundada. Seus dois mil e sei lá quantos textos não li nem 10%, portanto não entro no mérito do conteúdo. Todos sabem que sou contra a produção indiscriminada de textos como um cano de água, mas essa é uma opinião minha e não posso impor isso a outras pessoas. Com relação ao patrocínio, com base em tudo que você disse e todos os exemplos ( por sinal muito bem levantado), ainda sou contra. Só te enquadro na lista dos Poliana, que têm uma visão mais “feliz” de toda e qualquer situação.]
Ainda falando de patrocínio. Porque ainda não escreveu o seu livro. Talvez pela falta de patrocínio. E o que faz ficar tão difícil publicar algo no Brasil e, melhor (ou pior) ainda, o que faz o livro ficar tão caro no Brasil?
Porque tantas pessoas estão buscando a internet como forma de libertação desse ciclo vicioso que é a indústria do marketing, ou você acredita que Big Brother é um ótimo programa da tevê brasileira e que Paulo Coelho é realmente um escritor fantástico. Produtos do patrocínio.
Falando de tevê, tem visto o quanto ela tem ficado ruim? Disputa de audiência, né? Faustão, Raul Gil, Gugu Liberato são frutos do bom e velho patrocínio. Afinal, boa audiência chama o patrocinador. O que podemos ter no futuro é isso, gladiadores buscando índices de audiência para chamar o patrocinador... opa! Isso já acontece. Um dia aparece um texto muitíssimo bom do autor fulano, mas que terá 2 leituras apenas pois esse foi afogado pela enchente de textos “produção-em-massa”.
Quanto aos erros de português, nem esquente, eu os tenho aos montes e, quer saber, eu os adoro. Eles se não são os monstros da língua (que precisa se assustar vez ou outra), são o pai-mãe dela. No final, o que restará são os erros, como em muitas estruturas lingüísticas (lembrando o Lantim vulgar). O erro de português, seja ele uma desculpa ou um problema de formação, é a barata linguística, a única que irá sobreviver a guerra linguística nuclear.
Bom, não me leve a mal, mas se levar também ok! Viva a liberdade que o não-patrocinado ainda tem! Já pensou se você hoje fosse um patrocinado (não um auto-patrocinado cintando ZPA)? Não ia poder me xingar se ofendido, pois isso seria ruim para imagem do patrocinador.
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