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Poesias-->Poema da Solidão -- 08/06/2002 - 17:41 (Daniel Amaral Tavares) |
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Gastei-me ( ainda me gasto)
Na inútil procura, pacientemente recomeçada
A cada novo dia...
Os anos passaram. Sempre atrás dos anos,
As manhãs vieram ... e se foram...
Os minutos se renovaram ou envelheceram
E eu , "solitária entre as gentes",
Anonimamente te busquei e te busco ainda...
Quem tu és eu não sei...
Mas sei que existes e tua ausência me dói.;
Mas a adiada alegria de te encontrar,
Me dá sempre forças de percorrer caminhos sempre percorridos.
Minha mão estendida aperta o nada.
E meus dedos teimosos, nervosos me machucam...dói.;
Meu grito se reprime no silêncio.
Nos meus braços, os abraços ( são tantos abraços!).;
Ficam na espera angustiante do teu corpo sólido.
Meus lábios se comprimem na procura dos teus.
Não existindo é que existes e o teu "não" (sentido)
é o único sentido de uma vida inteira...
Enquanto não chegas, vou me contentando com amores menores,
Sempre provisórios, procurando em outros tua essência escondida.
Talvez não existas, eu é que te criei
Ou talvez existas e eu é que não sou
Ou nunca fui...ninguém.
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