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Contos-->Retrato Sem Reflexo (capitulo 08) -- 19/04/2002 - 00:59 (won taylor) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Capitulo 08


Dona Diana havia lhe preparado para cada passo, que teria que ser dado, e pacientemente, ele ia colocando imagens e sons, em seu coração, e ia absorvendo a tristeza e em seu lugar a alegria surgia.

__ " Qual será o seu próximo passo, se conformar?"
__ " Conformado, eu já estou!"
__ " Quando abrirá os olhos para o seu mundo?"
__ " Como assim? Que mundo? Este?"
__ " Não, esse mundo é o mundo que você não quer largar... esse é o mundo que você quer ver e aceitar!"
__ " Mas, eu já aceito o mundo, que você me apresentou e só não sei o que fazer além de aceitar!"
__ " Filho, uma vez lhe falei sobre livre arbritri, lembra?"
__ " Sim!"

Apontando para a cadeira, Dona Diana carinhosamente, comos olhos, pediu para que Maurício sentasse.

__ " Sabe o verdadeiro motivo de você ter me procurado?"
__ " Isabel!", respondeu sem ter outra resposta para dar.
__ " Isabel, foi o vínculo que ligou você a ela. Mas, você estaria comigo de qualquer jeito. Eu fui enviada para cuidar de vocês dois"

Maurício tentou ficar de pé e caiu, tentou levantar-se e com bastante dificuldade, pecebeu que não conseguia mexer nenhum músculo e uma montanha-russa dava sacudia a sua mente.

__ " Eu...não ...não é possível... isso não aconteceu comigo....como?"
__ " Vou dar um tempo para que você, viaje no universo que a sua mente está se transformando e encontre algumas resposta e depois lhe falarei mais. Não posso ir além daqui..."

Dona Diana parou de falar e um silêncio tomou conta do lugar.

__ " Como isso pode ser possível? Como Tato e Elisa conseguem me ver?
__ " Algumas pessoas conseguem e outras não. Não há muito que lhe explicar..."
__ " Meu Deus! Naquela festa, o tal Alberto não consegiu me ver e na ambulância os paramedicos também não me viram..."








Maurício começava a encaixar o seu quebra-cabeça e via as suas partes se juntando lentamente.

__ " Meus pais, eu não consigo vê-los acordados, desde que nos mudamos... espere...nós chegamos a nos mudar? Onde estão meus pais?
__ " Eles estão sendo tratados e estão bem. Estão de repouso num lugar calmo e recebendo um bom tratamento!"
__ " Oh Deus! Era por isso que eu sempre os via dormindo e Elisa vivia dizendo que eles se escondiam de alguma coisa, pois nem ela e nem o tato, nunca os via... tudo faz sentido, mas pôr que me deixaram aqui?"
__ " você não quis nenhuma orientação e se recusou a ver, o que lhe aguardava e sempre que isso acontece, um espécie de prisão, acaba aprisionando as pessoas aqui e se não conseguimos demove-las, elas acabam perdidas para todo o sempre, entre dois mundos e nós não podemos fazer nada. Apenas quando a luz clareia a sua mente é que podemos fazer com que enxergue a verdade".

Maurício se contorcia todo, tentando levantar-se, mas nem seu braço e nem suas pernas o obedecia.

__ " Não tente usar os seus braços ou pernas, tente usar a sua mente, agora essas partes estão se desligando do seu corpo!"
__ " Que luzes são essas?"
__ " São amigos que vem lhe receber!"


De repente a sala foi invadida por muitos pontos de luzes, que dançavam de um lado para o outro, em movimentos rápidos e ritimados.

__ " A decisão agora só cabe a você! Vê o mundo que está se abrindo? É esse mundo que lhe aguarda!"
__ " Eu posso não ir e ficar?"
__ " Poderá fazer a escolha que quiser...", disse pensativa.
__ " Mas, tudo voltará a ser como antes?"
__ " Não e você ficará vagando por aí, e algumas pessoas o verão e outras não... não haverá sono e nem fome, e nem lar de verdade, apenas a prisão entre os dois universos. Sempre haverá alguém para orienta-lo e jamais o deixaremos sozinho, mas viverás com esse sentimento, que o prende aqui!"
__ " Não seria justo, eu tenho que aceitar o meu destino! E Isabel, qual é o papel dela?", a pergunta saiu seca e insegura.
__ " Isabel, era a minha missão e sentimentos a prendia aqui e quando ela resolveu algumas pendências, ela ganhou o tempo para encontrar o que tanto procurava, que era o amor de uma outra pessoa. E você veio em busca de um amor, e o destino, que não tarda, os uniu em tempo".
__ " Eu e ela estavámos destinados a ficar juntos?"
__ " Sim! Lembra da festa que você foi no clube Bragança?"
__ " Sim, uma festa de quinze anos! Mas, eu não vi Isabel lá!"
__ " O salto de Isabel quebrou, e ela veio embora, uns poucos segundos, antes de você entrar pelo salão principal".
__ " Eu entrei pelo salão e cheguei até um hall e vi uma garota de vestido azul piscina, passar com um sapato na mão..."
__ " E a excursão a praia grande? Seu ônibus cruzou com um ônibus quebrado na estrada, e o seu motorista parou e ajudou o outro motorista?"
__ " Aquela garota sentada, com um olhar triste para as montanhas... era Isabel?"
__ " Sim!"
__ " Eu quis ir até lá e conversar com ela, mas fiquei envergonhado e prefiri ficar sentado"
__ " Muitas vezes, vocês estiveram próximos um do outro e por algum motivo, a aproximação era evitada!"
__ " Uma vez, pensei nela e quando fechava meus olhos podia vê-la, mas não conseguia ver o seu rosto, mas sabia que era a mesma menina".
__ " Você vinha, numa tarde andando na avenida central, e pisou num caco de vidro e se abaixou para retirar o caco dali, antes que alguém pudesse se machucar e quando você se abaixou, um carro buzinou, muito próximo à você. Quando você levantou a cabeça, para ver quem havia feito aquilo, o carro já tomará certa distancia..."
__ " ... E eu ao levantar a cabeça, vi a mesma menina olhando para trás e ela estava no banco da frente!", continuou a contar o que lhe ocorreu, com todos os detalhes.
__ " Sim, e continuou acontecendo os desencontros. Agora, você veio direto a casa dela e direto ao retrato deixado na cômoda".
__ " Isabel sabe disso?"
__ " Soube apenas depois, que comprovou que era você o amor da vida dela!"
__ " E nós vamos ficar juntos?"
__ " Ainda depende de você..."
__ " Diga o que tenho que fazer e farei!"
__ " Já o fez...."

As luzes que pareciam esperar tomou conta de toda a sala e vindos de lugar algum, se elevavam a uma altura que vazava o teto e continuava a subir. Maurício de joelhos, no centro da sala, recebia as luzes em seu coração e em sua mente e a sua forma, já não era humana e ele se transformará num facho de luz clara e transparente.

__ " Abra os olhos, Maurício!"
__ " Meu Deus, que lindo!
__ " Esse é o teu mundo!"







Maurício olhava todo o lugar e ficava entusiasmado e extasiado com o que via, nada na terra se comparava com a beleza diante deseus olhos.

__ " Dona Diana, eu posso ver tudo e posso ver até onde meus olhos jamais alcançaria e é tudo tão encantadoramente calmo e sereno!"
__ " Veja quem está vindo recebe-lo!"

Isabel apareceu também em forma de luz e tão brilhante, clara, e mais branca do que a neve.
__ " Finalmente, vejo que tomou coragem e deixou tudo ir...!"
__ " Isabel, eu pensei que seria a morte do meu coraçao e como pedra, eu resisti e mesmo quando eu abria os meu olhos, eu nunca conseguia ver nada adiante!"
__ " Você ficou tempo demais, onde não te pertencia e mesmo que tenha sido alguns dias, aqui o tempo não é igual e nada mais que eu desejava, era que você abrisse os seus olhos e quebrasse todas as barreiras, que começavam a nos afastar novamente e temi que você não aceitasse o seu destino"
__ " Se o meu destino é do seu lado, então seja feito o destino. E vamos cuidar um do outro e desfazer o que os desencontros, mais do muito, nos separaram".
__ " O que você tem agora é amor e o que você tinha era magóa, e isso sempre fez a diferença, e eu não podia fazer nada para mudar isso"
__ " Não fique triste, tudo se foi e eu estou aqui e nada será maior do que esse sentimento, que carrego por você e mesmo que eu tivesse fechado os olhos, e mesmo que durasse toda a eternidade, eu lhe procuraria e com certeza a encontraria. A vontade de Deus seria cumprida e sei que eu teria a chance de ao menos uma vez, ama-la"
__ " Você não imagina, a angustia que passei, ao vê-lo com o coração partido, quando tive que me afastar de você. Se eu pudesse, eu teria voltado, só para estar ao seu lado. Rezei e implorei para que você se desprendesse, e deixasse os ressentimentos de lado. Caso não conseguisse, eu largaria a oportunidade e voltaria, para continuar a jornada, que nos levaria à uma prisão eterna".
__ " Você não precisa se sacrificar, que se fosse para viver sem você, ou apenas com a sua foto. Eu teria recusado, qualquer proposta. Eu me lembro quieta olhando suavemente para a lua e você ali doce como a noite e minha e amada. Ainda me lembro de você, tão linda, caída em meus braços, quieta e feliz. Se eu tivesse que quebrar a promessa de estar com você para sempre, seria que nada disso tivesse atingido, o meu coração. E aí sim, ele estaria morto, e então você poderia chorar a morte dele!"
__ " Fique quieto, o que preciso mais nesse momento, é senti-lo em minha mente e já o sinto em mim e melhor do que qualquer perfeição, vem o amor, que nos conduz e nos faz sentir, que estamos aqui para cuidar uns do outro"
__ " Não quero ser mais do que amor, e para você ser o seu amor, e ser onde o amor está. Perfeição, pode ser falsa e às vezes conseguimos evitar a perfeição, e vê-la se desfazer. Mas, quando se trata do amor, nada nos atinje, e em todo tempo somos um".

Os dois ficavam ali suspensos, no que mais desejaram, e mesmo depois do tempo perdido, eles sentiam que nada foi perdido, roubado ou evitado. E que eles de alguma forma já estavam ligados, um ao outro.

__ " O que nos espera, Dona Diana?", a questão agora vinha sem preocupação e Maurício sabia, que tudo seria além de perfeito e puro.
__ " A união! Isso é o que os espera!"
__ " Uma espécie se casamento, você quer dizer?", se entusiasmou Isabel.
__ " Uma espécie de matrimônio, onde vocês serão mãe e filho, irmã e irmão, amiga e amigo e confidência e confidente".
__ " Teremos o nosso amor em junção, ao que fomos ou ao que seremos?"
__ " O amor de você se fará em junção a tudo, que sentirem... vitima e acusado, necessitado e doador, perdido e quem dá de volta o caminho, aleijado e amparo, fome e comida e água e sedento. Esse será o amor de vocês, daqui para frente!"
__ " Seria difícil se não tivessémos uma outra chance, não quero beber nada além do que disse", já conseguindo andar e reaver os movimentos, que se perderam de sua mente, Maurício se afastava da sua pose natural, e não mantinha o mesmo erro, de pensar no que foi antes.
As luzes se diluiram e apenas ficou a própria luz de cada um, e à vontade com a revelação, Maurício, mostrou a mesma preocupação, que antes lhe incomodava e quis saber sobre a hora, que teve que partir ou que era para o fazer partir.

__ " Você e seu pai discutiram no carro, ao voltar da casa da sua tia. Seu pai ficou irritado com as suas acusações, fale do que você o acusava!"
__ " Então, foi ali que aconteceu e é por isso, que as minhas lembranças só chegam até ali, e depois a mudança. Que eu achava que fosse para que eu acreditasse de uma vez, que nada havia acontecido, entre o meu pai, e aquela vizinha. Eu o acusava de estar traíndo a minha mãe e nesse dia, eu me descontrolei e minha mãe o defendeu e eu não me calei..."
__ " Maurício, o acidente que aconteceu, era parte do plano, de cada um de vocês. Mesmo que vocês estivessem felizes e calados, aquele desvio, que fez com que o carro fosse jogado contra o murro", tentou tirar o peso dos ombros dele.
__ " Mas, fui eu quem estava gritando com ele, e desviando a sua atenção!", o desespero novamente tomava a casa, que antes era morador.
__ " Todos nós somos instrumentos, e quando o pai entregou o próprio e único filho, para que fosse cumprido o seu destino. Ele quis nos dizer, que o destino só a ele pertence, e que os meios que será cumprido, cabe a ele julgar e executar. Estamos aqui com você para fechar essa ferida e retirar essa culpa, e você não pode bancar Jesus e apenas obedecer a sua lei", falou de forma enérgica e vivaz.



__ " Maurício, teria acontecido esse acidente e era o que já estava predestinado e nos livros de suas vidas. Uma briga, uma alegria ou até mesmo um suspiro e pronto: lá estava o que era para ser escrito", Isabel, tentou conforta-lo com a sua delicadeza.

Maurício ainda precisava de tempo, para confinar em si, tantas informações, que não cabiam em palavras e apenas o que tinha era o que sentia.

__ " Maurício, o que você precisa é perdoar a si mesmo e deixar que nós cuidaremos de você"
__ " Sei...sei... só gostaria de lhes dizer que os amo e pedir perdão!"
__ " Logo você estará com eles e eles saberão que você não é culpado de nada! A vida deles não dependiam da sua e vice-versa!"
__ " Dona Diana, pôr que complicamos as coisas e depois não sabemos como resolve-las?"
__ " Quando humanos, vivemos em busca de acertos e apesar disso erramos, também. Nada anormal ou fatal, mas devemos conceder o perdão aos que nos ofende e ter a honra e decência de pedir perdão. Quando erram com a gente ou quando erramos com alguém!"


Maurício rendia aos ensinamentos de Dona Diana, uma mulher que ele conheceu e confiou, mesmo antes de todas as coisas serem reveladas. As palavras ditas por ela sempre permaneciam com ele e a confiança em contar, tudo que vinha acontecendo com ele, fez com que ele pudesse aceitar as coisas, com bastante clareza e percepção.



__ " Por favor, afaste essa fumaça, que ainda me cerca. Venha com seu sorriso e acabe com isso de uma vez. É dessa maneira, que eu me sinto. Tanto tempo que eu tive e pouca coisa eu fiz e agora não posso fazer nada. É verdade que eu sempre fiquei esperando, por mais..."
__ " Eu sempre tive pouco tempo para me explicar, mas agora sei que tudo se resumi em; menos tempo, menas mentiras, menos vida, menos sabor, menas morte, menos dias, menas dor e menas noites. Está neblina que está tomando conta de você, será diluida, a partir do momento, que você perceber, que não há nada deixado para pedir perdão".


__ " Como saberei usar isso?"
__ " Por favor, eu quero você ao invês dessa neblina, tudo que eu mais queria agora, era poder lhe abraçar e te-lo em meus braços, mas há milhas entre os seus braços e os meus. Eu não consigo ver você numa cama de flores, você precisa ficar aqui e desaparecer com tudo que pode lhe ferir"
__ " Você vai me ajudar?"
__ " Esperei tempo demais, para agora, deixa-lo ir!"


Maurício tentava conter a sua ansiedade e quase não sabia o que falar, e a sua impaciência o denunciava. A noticia desse acontecimento o descontrolou, deixando-o sem saber o que fazer.

Isabel parecia uma estrela cheia de luz, ela brilhava cada vez mais e a cada instante. Flutuava, doce e suave, seus longos cabelos se embaralhavam a cada girada, seus braços se contorciam no ar e sua cabeça sacudia.

Maurício ali vendo cada movimento de Isabel, como se fosse uma obra de arte, extasiado, olhando tudo. Cada sorriso que ele dava, ela recebia e parecia acender da c abeça aos pés. Seus olhos como faróis, iluminava toda a sua cabeça e como fogo, Maurício queria toca-la, e guarda-la em seu peito. Se se pudesse, Maurício daria um beijo em Isabel, e seus olhos como maquina fotográfica, seria usado todo o tempo, para registrar cada beijo dado e com seus olhos abertos, para não perder, um sorriso, uma expressão do rosto de Isabel.
Os ouvidos atentos ao som da voz dela, os suspiros, as suas falas. Ali era Maurício, sem medo de ser repreendido e ali era ele, ouvindo, olhando, sonhado e guardando cada momento. Isabel era tudo que ele sempre quisera e se ele a tinha, então ele queria guardar tudo com ele, e mesmo do seu modo, ele sabia que o sentimento também nunca seria tocado, mas sempre sentido.

__ " Você me faz sentir importante me olhando desse jeito", isabel disse ficando com um tom avermelhado.
__ " Mas, você é importante, única e especial e não precisa se envergonhar disso. Somos agora mais do que pensamos em ser"
__ " É pelo jeito que você me olha, o carinho que você demostra eessas coisas que só você sabe fazer".
__ " Eu simplesmente só faço o que meu coração manda. E sei que eu ainda não me acostumei com a minha nova vida, mas vendo-a diante de mim, é como se nada tivesse mudado"


O sonho era lindo, mas era a hora de acordar, pois já se sabia das atitudes que deveriam ser tomadas. Maurício sabia que há tantas maneiras de se amar, mas qual delas melhor lhes cabe? E pôr que isso tem sempre que doer tanto.



Por mais que Maurício pense, as respostas sempre se escondiam em algum lugar, assim como as moscas, que voam em nossos copos, as respostas, de alguma forma, consegue chegar e ficam por ai voando até encontrar um copo.





E às vezes, Maurício se sentia tão feliz, é era como se ele tivesse cometido um crime, embora agora, ele estivesse se sentindo tão bem, que queria mesmo era gritar. Como se ele estivesse vivendo um sonho, que ele tivesse sonhado, há muito tempo atrás.
A hora que as coisas soam vazias, e as vibrações estranhas, sumiram e de alguma forma, nada era igual e Maurício se sentia diferente, embora feliz.


__ " Isabel, eu não me culpo, eu apenas não consigo deixar isso embora. Mas, já estou conseguindo ver alguma coisa a mais, eu sei a mais, eu sei que o fim não virá, porque eu quero, ou por alguma coisa que eu diga ou faça. E nada vai diminuir essa dor, no momento, mas logo ela passará".
__ " Eu te ajudo, se você realmente quiser, eu te ajudo!"


Maurício foi em direção a Isabel e a abraçou, esse foi o primeiro contato entre eles, e ambos fcaram surpresos, ao sentir seus corpos tocados, e sentir que podiam sentir os fez mais feliz.


__ " Isabel, sei que não somos mais carne e osso, mas quando os nossos sentimentos, se cruzam, dá para sentir, a mesma sensação de um toque!"
__ " Pela primeira vez, nós conseguimos nos unir e espero que essa união fique sempre presente!"
__ " Vamos ser o que podemos e tentar manter essa claridade entre nós!"
__ " Eu terei que leva-lo comigo e não pergunte onde!"
__ " Onde?"
__ " Que curioso! Não posso lhe contar, mas espere o momento e saberá, porque eu também não sei ainda, o que sei é que tenho que leva-lo comigo!"
__ " Então vamos esperar!"



Ambos calados, mas embora calados, seus pensamentos viajavam em volta de suas cabeças, e mesmo quietos, o amor gritava e os deixavam mais claros e unidos. Maurício já não sentia como uma fumaça, que ficava no ar, como ele chegou a se sentir, ele estava querendo sempre o impossível. Mas, essa fase estava definitivamente acabada, com a ajuda de Isabel, agora ele tinha força para seguir em frente.



Maurício sabia que sempre tentava encontrar algo a mais, e sempre procurando por alguma coisa perdida, mas dessa vez, ele sabia que tinha encontrado.
Apenas as lembranças ainda resistiam e ficavam vagando dentro da cabeça dele.
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