Anda em mim
Em minhas pernas de tarântula
Há um fogo fictício.
Eu me escuto
Meu mundo é apenas um pretexto
até então perfeito
o cérebro confundido
Ser em ti uma amiga
é um preconceito formulado
do fundo dessas almas doentes
Ver-te transparente num dia-a-adia passado
Passado é que não existe nas metas que disponho
Presente é esperar um sonho
Futuro é agarrar o sonho
Eu me assumo andando em ti
com minhas pernas de tarântula
já não me basto, já não me escuto
apenas meus pés com vários dedos
caminham em diração ao teu encontro
volto cega (despistada quando te ouço)
e sinto a crescente teia me tomando
Agitando... agigantando, tomando...tomando...