EU... NÃO TE DESPERTES
Teus seios,
pombas arfantes,
a boca,
túnel de hálito
a falo e Baco.
Repousa o esbugalhar
sobre essa lira (in)cessante,
sons vagos ao vago
de um único tempo
de ir e vir.
Ejaculo palavras
longo e constante
aceno
que me aufere.
sobre essas pombas
meu túnel,
sobre falo
teu túnel.
E hirtos no silêncio
ambos prostram-se amargamente
por não constar, (um deles),
no rol da incriada
preferência.
Walter Silva
Recife, 11.10.1979.
|