Saio da usina de letras
Sigo o rastro dos mestres
Vou embora entristecido
Chorando gotas celestes
Se esse caldo desandou
Minha vontade acabou
Diante desses agrestes.
Os medíocres de plantão
Vão dominar o cordel
Eu não vou contribuir
Não jogo versos ao leu
O nível está abaixando
Os Poetas se mandando
Foi quase todo o plantel.
Ainda tem gente boa
Que vai ficar por aqui
Eu não sei quanto tempo
Para o resto desistir
Com o coração apertado
E o verso triste calado
Muita gente vai sumir.
Se um dia moralizar
Havendo seriedade
Sem os vírus infestando
É o cordel for de verdade
Prometo volto correndo
Isso tô prometendo
Volto cheio de vontade.
Nesse cordel despedido
Com os olhos rasos dágua
O peito muito oprimido
E desprovido de magoa
Dou Adeus aos do cordel
Na garganta sinto o fel
Logo meu pranto deságua.