Se eu disser que em meu coração há muitas vagas, estarei mentindo. Não há. São poucas no momento. Não sei se falta tempo ou se a paciência anda esgotada. Porém, sinto a certeza de não querer muitas pessoas por perto. Estou na fase de coração frio e a razão sendo usada para absolutamente tudo.
Nesse instante faço o possível para escrever algo que me satisfaça. Não à você. Penso em mim, no que sinto, por onde tenho andado. Realmente não costumo transitar muito, mas por esses dias estou torta de tanto reconhecer passos. Caminho pela distância, por entre amizades. Troco textos ou conversas. No final do dia nem sei mais porque continuo escrevendo.
Não tenho vontade de mandar texto. Perdi o desejo de assistir filmes, mas quero e não consigo parar de escrever essa carta. Talvez a justifica maior seja a consciência pesada, reclamando vagas, implorando mais um lugarzinho. Mas não tenho. Estou seca como a rua no dia seguinte àquela chuva de verão.
Sei que preciso arrumar uma resposta clara e objetiva e, por esse motivo escrevo. Pena não ter vaga hoje nem em meus pensamentos para fazer tal coisa.
Quem sabe amanhã?