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Infantil-->NÃO É FÁCIL SER UM SUPER HERÓI -- 08/01/2002 - 23:20 (Edna A Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Certa vez, um grupo com dez crianças entre 8 e 11 anos, reuniu-se para decidir o que poderiam fazer para ajudar a humanidade.
Uma das crianças sugeriu:
_ Poderíamos criar um super herói!
_ Como? – indagou outra criança.
_ Força de pensamento. – disse uma terceira criança – Minha mãe sempre diz que se temos força de pensamento, conseguimos realizar qualquer coisa!
_ Isso é conversa. – retrucou uma garotinha rechonchuda que escutava tudo atentamente.
_ Eu acho que devemos tentar! – exclamou uma vozinha vinda de um canto da sala onde as crianças estavam reunidas.
_ Então, como deverá ser este super herói? – voltou a falar a garotinha rechonchuda.
_ Deverá ser um super herói com asas. – retrucou o dono da vozinha vinda do canto da sala.
_ E deverá ter patins nos pés para correr muito quando precisar. – empolgou-se um garoto ruivinho.
_ Patins? Com as ruas e calçadas esburacadas que temos? – surprendeu-se a criança que deu a idéia de criarem o super herói.
_ Mas poderia ser um par de patins especiais, que tivesse amortecedores para ele pular os buracos. – sugestionou novamente o garoto ruivinho.
_ Eu não entendi! – exclamou Doralice, dona da casa em que as crianças estavam reunidas.
_ O que você não entendeu? – perguntou uma japonesinha que até então ouvia tudo calada.
_ Para que patins se ele terá asas?!
_ É mesmo, a Doralice tem razão. – concordou a japonesinha.
_ Voltamos à estaca zero. Mas vamos manter as asas! – disse Peterson, um menino pequenino de olhar muito vivo.
_ Uma capa. Nosso herói deverá ter uma capa para esconder suas asas. – arriscou novamente o ruivinho.
_ Êeeeee... – falaram em coro as crianças olhando para o garoto ruivinho.
_ Para que uma capa, Rubinho? Só se for para atrapalhar. – retrucou Doralice.
_ Tem coisa mais idiota que uma capa? – emendou a japonesinha.
_ Imaginem nosso herói tropeçando ou então, caindo em pleno vôo porque o vento fez a capa embolar em suas asas! Sua cabeça só serve para separar as orelhas, não é Rubinho? – ironizou Peterson.
_ Por que não esquecemos tudo isso e partimos para as qualidades que ele deverá ter? Eu acho que ele deverá ser lindo. – disse Mônica, uma garota vaidosa que vivia com espelho e pente sempre à mão.
_ Por que ele tem que ser lindo? Se vocês não aceitaram o meu par de patins e nem minha capa, também não podem aceitar isso! Por acaso nosso herói vai combater crimes com beleza? – esbravejou Rubinho.
_ Quanta bobeira! Não estamos chegando a lugar algum. Mas antes que alguém fale que nosso herói deverá usar cuecão por cima da calça, quero deixar claro que isso é ridículo! – afirmou a japonesinha.
_ Êeeee... – falaram novamente as crianças em coro.
_ Acho que ele deverá ter visão Raio X. – afirmou Doralice.
_ Para ver o que as pessoas têm debaixo da roupa? – satirizou Peterson.
_ Ele deverá ser forte como aço...um homem de ferro! – disse Mônica suspirando.
_ Homem de Ferro? Ah, não! Já pensou? Qualquer chuvinha o cara volta todo enferrujado para casa! – falou Peterson, sorrindo.
_ Acho que ele deverá ter audição super desenvolvida. – afirmou Doralice.
_ Pronto...o cara vai morrer louco de tanto escutar reclamações. –resmungou Peterson.
_ Quer parar de agourar, Peterson? – murmurou a japonesinha.
_ Ele deverá ter poderes mágicos: aparecer e desaparecer onde quiser; estalar os dedos e fazer as coisas acontecerem. – falou Mônica, sonhadora.
_ Mas estamos falando sobre um super herói ou sobre uma fada madrinha? – protestou Peterson.
_ Peterson, dá para calar a boca? – falou Mônica com jeito de quem não gostou de ser contrariada.
_ Não pensamos em um nome para nosso super herói. – disse Rubinho, pensativo.
_ Super homem, oras! – exclamou Mônica enquanto passava o pente pelos cabelos lisos.
_ Que falta de imaginação. Super Homem já existe. Chacoalha a cabeça Mônica! – resmungou Peterson, sorrindo da menina.
_ Eu vou bater em você, Peterson! – falou Mônica, alterada.
_ Tonhão! O super herói de vocês deverá se chamar Super Tonhão. – disse Fábio, irmão adolescente de Doralice, que desde o início, escondido, ouvira todo o bate papo.
_ Tonhão? – perguntou Rubinho.
_ Isso mesmo...T-o-n-h-ã-o! Traduzindo: Super Bobo. Porque é somente isso que o super herói de vocês será, depois de tantas bobagens que eu ouvi. – gargalhou Fábio.
_ Doralice, como seu irmão é um Tonhão! – exclamou a japonesinha olhando com cara feia para Fábio.
_ Zé! Ele deverá se chamar Zé! – falou Peterson num tom de voz mais alto para chamar a atenção de todos.
_ Por que? – indagaram de imediato as outras crianças.
_ Porque Zé é nome de gente comum, de gente batalhadora, honesta! E estas pessoas é que são verdadeiros heróis. – falou Peterson com ar triunfante.
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