Não sei se o tema que vou enfrentar já não é ultrapassado, mas como é algo que me incomoda de forma significativa, resolvi traçar algumas considerações.
Moro numa cidade belíssima, embora não seja litorànea. Tudo muito organizado. A movimentação cultural é intensa o ano inteiro. Nestes dias mesmo está acontecendo um evento de cunho internacional, com muitas personalidades e intelectuais desfilando pelas ruas e avenidas. Nesta cidade se respira cultura. As pessoas, educadas e gentis, são capazes até de ser gentis no trànsito, Ã s vezes, é claro( e se bem que tem a questão da buzina, que é tema pra outra conversa).
Parques. Aqui também existem muitos parques em que as pessoas podem fazer o que quiser: caminhar, correr, comer pipoca, levar as crianças pra tomar um sol, andar de bicicleta, fumar maconha (ops!), levar os seus cachorrinhos de estimação pra brincar com os dos outros...
Bem, até aí estamos todos felizes, é aquela festa, um sem número de pessoas com as mais variadas caras e trejeitos, desde os enfeitados até os mais pobrezinhos.
Mas, numa certa manhã de domingo, vou caminhando pelo parque e me deparo com o que parecia ser uma muralha: uma muralha de cocó de cachorro. Quase invencível. Mas, esperto, consegui dar a volta e continuar.
Terminado o meu tempo de caminhar, me dirijo à minha casa, indo, como todo bom caminhante, pela calçada. Isso já devia ser por volta do meio-dia. Então me dou conta. A cada metro era obrigado a fazer manobras para desviar dos cocós de cachorro que infestavam as calçadas.
Cheguei em casa perplexo. Como entender que pessoas tão cultas, em uma cidade que tem muito orgulho de si própria, podem produzir tanto cocó de cachorro? O que leva aquelas pessoas a carregar seus cachorrinhos e permitir que os mesmos defequem no meu caminho? Pense bem, você chegando no trabalho depois de pisar num flamante produto de um totó!
Bem, ouvi falar numa lei que multa proprietários de cãozinhos se não estiverem portanto uma pá e sacos de lixo...
Era só o que faltava, uma lei regulando o cocó de cachorro. Que merda!!!
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