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Artigos-->Primavera (Padre Gabriel) -- 18/08/2006 - 23:02 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A palavra primavera vem do latim, "primo vere" e quer dizer começo do verão. É a estação que sucede o inverno e antecede ao verão. No Hemisfério Sul, ela começa no dia 22 de setembro e vai até 21 de dezembro. Considerada a estação das flores, carrega um grande poder de sedução.



De qualquer maneira não passa imperceptível por causa das mudanças que acontecem na superfície da terra. A secura do clima e da paisagem começa a ganhar novo brilho com a sua chegada.



As árvores, que pareciam mortas, de repente, se abrem em flores e os insetos festejam no meio das folhas novas garantidas pela estação. Os primeiros sinais de chuva aparecem no azul do céu, que começam a ganhar tons cinzentos ao final de cada dia.



Na mitologia grega, a primavera está associada à uma ninfa (Salmácis), uma espécie de "anjo da guarda" ou "orixá" que protege alguma planta, animal, pessoa ou lugar.



Salmácis, de tal maneira se apaixonou por Hermafrodito que acabou se fundindo com ele num único corpo. Daí veio a lenda que quem se banhasse na Fonte Salmácis acabaria tornando-se efeminado. Hermafrodita, como se sabe, é a designação para um vegetal ou animal que possui os dois sexos num único corpo.



Prefiro associar a Primavera a outro mito grego: Deméter e Perséfone. O outro nome de Deméter é Ceres e Perséfone é também conhecida por Prosérpina.



A deusa Deméter teve uma linda filha com Zeus: Perséfone. Ela era tão linda que chamou a atenção até de Plutão(Hades), o deus que morava na mansão dos mortos. Dos subterrâneos profundos Hades saiu um dia e raptou a donzela quando ela colhia suas flores no campo. A mãe ficou desesperada. Chorou muito e procurou pela filha em todos os lugares. Naquele tempo, a terra ficou feia e seca. Não produziu nada.



Deméter(Ceres) era a deusa encarregada de cuidar da fecundidade da terra e estando naquele estado não podia se dedicar aos seus ofícios. Da palavra "ceres" procedem as palavras "cereais", "celeiros"... Mas, os cereais estavam se extinguindo e as searas morrendo.



A fonte Aretusa, no entanto, conhecedora das profundezas da terra, revelou para Deméter o paradeiro de sua filha. Disse-lhe que ela se encontrava nos subterrâneos de Plutão.



Deméter reivindicou de Zeus o direito de buscar sua filha para a superfície da terra. Mas, havia um problema: Se ela tivesse ingerido alimento na morada de Plutão, isso a impediria de retornar definitivamente aos braços de sua mãe. E fora exatamente isso que acontecera. Perséfone havia comido alguns grãos de romã. Assim, sua mãe só pôde realizar, em parte, o seu desejo.



Zeus, o chefe dos deuses permitiu que Perséfone passasse dois terços do ano na superfície da terra. Um terço, porém, ela deveria permanecer com seu marido no mundo dos mortos.



A primavera, então, passou a ser o tempo em que Perséfone estava liberada do mundo subterrâneo e poderia passear na superfície da terra. Assim, ela poderia acariciar as flores e ser carregada nos braços de Zéfiro, o vento brando, a cada manhã.



Findo o seu "tempo de férias" retornaria ao mundo de Plutão. Perséfone, assim como o trigo, antes de abraçar os raios solares e bailar com seu corpo ao sopro do vento, deve passar por um tempo na escuridão da terra. Esse tempo de "provação" é necessário para que a semente possa brotar e romper a crosta seca da terra.



Ao longo da história, os homens sempre procuraram decifrar a si mesmos e à realidade. Entender a primavera, foi um belo empreendimento humano.



Inspirados por ela, músicos e poetas produziram suas obras, algumas, de rara beleza. Associar a primavera às divindades, foi perfeito, pois a beleza sempre foi um atributo divino.



Hoje, não tenho a intenção de entender a primavera. Desejo apenas ser arauto de sua chegada.

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