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Artigos-->A "italiana" Dona Marisa Lula da Silva -- 21/08/2006 - 11:05 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comentário da cientista política Lucia Hippolito



Entre 7 de setembro e 4 de novembro de 1940, a aviação alemã despejou várias toneladas de bombas sobre Londres, numa das mais violentas batalhas da Segunda Guerra Mundial.



Durante o que ficou conhecido como a Batalha da Inglaterra, foram 57 noites de puro horror. A população da capital inglesa viveu esses dias inteiramente aterrorizada, dormindo em abrigos e voltando no dia seguinte, para encontrar, no lugar onde tinha sido sua casa, escombros.



A destruição atingiu até mesmo uma ala do Palácio de Buckingham, residência da família real.



O rei George VI foi vivamente aconselhado a deixar Londres com sua mulher e suas duas filhas, uma das quais é a atual Rainha Elizabeth II.



Se a família real se mudasse para o interior da Inglaterra, suas chances de sobreviver às bombas nazistas seriam infinitamente maiores.



Nessa hora, ao contrário do que era aconselhado, a rainha ergueu-se como um monumento. Baixinha, gordinha, sem nenhuma importância até ali, a mulher de George VI transformou-se numa leoa, na solidariedade ao seu povo.



Não só declarou que ninguém de sua família deixaria a cidade de Londres, como passou a visitar diariamente bairros bombardeados para mostrar que a família real continuava ali, ao lado de seu povo, mesmo na mais tenebrosa adversidade.



Com isso, a rainha conquistou para sempre a admiração e o amor dos ingleses. Veio a morrer em 2002, com 101 anos, cercada pela devoção do seu povo.



Naqueles dias de 1940, a família real inglesa demonstrou uma absoluta lealdade à sua gente.



A população de Londres não foi abandonada.



Na mais dura prova até então vivida por uma grande cidade, os londrinos tiveram ao seu lado o seu rei, sua rainha e seu governo.



A primeira família, seja na realeza ou na República, é sempre simbólica.



Ela é uma transmissora de valores, de adesão às marcas nacionais. Seus atos apontam caminhos, soluções e possibilidades.



O exemplo que ela dá revela seu compromisso com o país e seu futuro.



Tudo isso me vem à lembrança quando leio nos jornais que no Brasil a esposa do presidente da República solicitou e conseguiu de um governo estrangeiro cidadania para ela, seus filhos e seus netos.



A mulher do presidente Lula, seus filhos e netos são hoje também cidadãos italianos.



O que será que isto quer dizer?



Como é que esta atitude será interpretada pela maioria dos brasileiros, que não querem fugir do país e que tentam, todo santo dia, fazer do Brasil um país melhor?



Como o Brasil espera inspirar confiança nos investidores estrangeiros, quando a família do presidente da República já conseguiu para si mesma uma rota de fuga do país? "



Em tempo: Vale recordar que Dona Marisa Letícia (assim mesmo, agora ela usa os dois nomes, "para ficar mais formal") andou se justificando com asinina sinceridade: segundo ela, o pedido de cidadania italiana foi para "garantir aos filhos um futuro mais seguro".



Ela deve saber qual futuro seu marido está construindo aqui.









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