Rumos tumultuados,
incerteza na alma,
sensação de angústia e medo
na noite que corre calma.
Já fui forte e sensata,
soube sempre o que fazer.
Pisei firme em tanta brasa
e continuei a viver.
Hoje, no escuro do quarto,
nem sei se me venço ao sono
ou se prossigo acordada
e me entrego ao abandono.
Na verdade não sou nada,
vivo errante pela estrada,
sem um rumo, sem pousada,
como um cão sem o seu dono.
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