Há alguns anos vem sendo levantada por teólogos, arqueólogos e outros estudiosos que se dedicam a desvendar a vida de Cristo, a real participação de Maria Madalena na história de Jesus. O “Código da Vinci”, um dos livros mais lidos nos últimos tempos e sem dúvida uma belíssima ficção carregada de questionamentos. Coloca de forma sutil as possíveis manipulações machistas da Igreja e de outras entidades da época e nos faz refletir sobre a participação da mulher na história da humanidade.
O autor, durante o drama que se inicia no interior do Louvre, tenta mostrar os indícios de que Maria Madalena tenha sido a companheira de Jesus, a mulher que ele amou e que o acompanhou durante toda sua peregrinação. Deixa no ar a hipótese da Igreja, na época, ter imputado a ela, condição de prostituta a fim de afastá-la da história bíblica. Uma corrente afirma até mesmo que foi a ela que Cristo confiou a tarefa de edificação da nossa Igreja. Imagine, naquela época, uma mulher como líder espiritual de um povo...
Diversas irmandades que cultuam o feminino defendem com unhas e dentes essa tese.
Independente do fato em si, de ter sido ou não Maria Madalena esposa de Jesus, ao analisarmos a história da humanidade como um todo, podemos notar como a mulher tem sido colocada em segundo plano. A história somente destaca bruxas queimadas em fogueiras, traidoras, Amélias, aquelas famosas pela beleza e outras famosas por serem feias. Rainhas, czarinas, princesas....a maioria com papéis secundários.
Com certeza, pura manipulação histórica. Definitivamente seria impossível o homem, por si só, conquistar todos os papéis principais
Apesar das incansáveis especulações sobre coeficiente de inteligência, tamanho ou quantidade de neurônios, o certo é que existem características genéticas masculinas e femininas...positivas e negativas. Certo também é que todo homem possui sua porção feminina (até mesmo hormonal) e toda mulher possui sua porção masculina. E é assim que a humanidade vem caminhando...
O problema todo foi Maria Madalena.
Se Cristo confiou a ela tamanha tarefa é por que sabia o que estava fazendo. No entanto não foi feita a sua vontade...e os homens roubaram o papel principal na igreja...oficializaram, através da bíblia uma participação exclusivamente masculina na história do Novo Testamento.
Narcisista, vaidoso, o homem, aos poucos, foi se perdendo através da história...
Todas suas deficiências fizeram com que o homossexualismo tomasse conta das correntes históricas não oficiais...para muitos, os “grandes” da humanidade não eram homens no seu inteiro teor...diferenciavam pela opção sexual. E o homem passou novamente para o papel secundário.
Afastar Maria Madalena não foi o suficiente. Os homens não conseguiram sem a porção mulher. E o feminino tomou conta da história numa versão homossexual. Somente o feminino se destacou. E quanto a Madalena, se tivessem deixado que ela edificasse nossa Igreja, se tivessem dado a ela seu merecido papel, a história teria seguido seu curso normal e o homem teria aprendido a usar, naturalmente, sua porção feminina na busca da perfeição.
Isso tudo nos faz pensar em quantas Marias Madalenas ainda não existem hoje? Quantas mulheres não são hoje renegadas a segundo plano quando poderiam estar fazendo história... a realidade é uma só: o homem não consegue sozinho...ao seu lado, na sua frente, ou até mesmo atrás deles, será sempre delas o papel principal..