Os intelectuais não sabem de tudo nem de todos, apenas passam alguns anos da suas vidas dedicando-se aos assuntos que amam, estudando, buscando parâmetros, enriquecendo saberes e mesmo assim, é claro, nào sabem tudo, mas se dizem alguma coisa é porque algum fundo de razão há.
Ninguém em sã consciência se intitula intelectual, e muitas vezes os que pretendem tal título apregoam disparates sem nexos e sem ter gasto um só minuto de estudo a respeito do que se propõe discutir.
A questão não é discutir paixões, e sim méritos para ser um imortal, ocupando uma cadeira entre Imortais. Foi lido por milhões, conhecido no mundo, mas o conteúdo é fraco, é produto de mídia, a construção é pobre, são textos que se calcam em ditados populares, meras repetições de desinências do cenário folclórico, porém tem atingido avassaladoramente a carência de pessoas que "na maioria" raramente tiveram contato com verdadeiras obras literárias, então, são introduzidas ao mundo da leitura, vão buscar outros autores, e algum dia terão parâmetros e senso crítico para avaliar o que é ser um imortal da Academia, mas a academia com os ideais de seu nascedouro, não a dos lobistas.
O Brasil atual tem seu retrato em todos os segmentos.
Luiz Antonio Barbosa
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