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Cartas-->Carta para uma Puta Poeta -- 21/06/2002 - 19:46 (Isabela Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sabe, amiga...

Nunca vou ser normal. Parece que eu sou uma pessoa ativa, decidida, determinada. Mas
não consigo me livrar das dependências, de meus vícios. Como no amor, na paixão.
Se alguém me toma com propriedade, comporto-me como tal. Eu faço tudo que está ao
meu alcance para agradar, cuidar, fazer feliz e não perder quem amo.
Vejo que já tenho fãs. Não porque sou bonita, dieta, strech, ginástica e maquiagem. Você
viu? Ando sempre tentando passar despercebida, e quando uso a maquiagem para realçar
minha beleza, as pessoas me notam.
As pessoas querem que usemos máscaras para que fiquemos mais perto do que eles
esperam de nós. Por isso bebo. Para fugir das máscaras que eu própria quis vestir para
ficar mais perto do que eu queria ser.
Estou aqui fazendo papel de MARIA novamente. Sofrendo pelos outros, me doando sem
querer nada em troca. Tudo o que mais quero, o que mais desejo é o que possa vir de mim
mesma. Quero me libertar, flutuar, gozar, rir até cair. Rir e gozar até chorar.
Meus olhos são sensíveis, míopes e sensíveis. Enxergo o mundo todo desfocado porque
enxergo demais. Meus olhos são muito grandes para ver o superficial. Então uso meus
óculos para ver se tento me encaixar nesse mundo, mas quantas vezes eu já não quebrei
as essas lentes, quantas vezes quis escondê-las por vergonha. Está na cara, diante de
minha face que eu não sou igual a todos que vêem o mundo perfeitamente. E você sabe
que o perfeito é aquilo que não temos. Como aquele meu amor que nunca tive e ainda fica
aqui tentando ser lindo. Era tão puro que me dá raiva. Foi tão auto-suficiente que se
torna incompreensível quando ponho meus óculos para vê-lo.
Só espero que a maneira como eu toco os sentimentos seja como miopia: progressiva.
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