O vento é fluir de sonhos
porque o frio busca o acalanto,
e os braços enlaçam destinos
entrevivendo caminhos:
dança e manjar de deuses.
O oceano perfuma a madrugada azul,
a superfície cheira e é doce.
Ondas espelham indulgência e sorrisos
que balançam a ternura
minha e tua.
Suave é o deleite.
Por que todos os momentos não são de alegria?
Chega de busca insolúvel,
fiquem longe os gestos improváveis.
A glória nasce de imagens barrocas,
não passa da Primavera,
mas é visível no amanhecer
que meus olhos buscam.
A brisa vem do amar,
mas não diz palavras de amor.
Só voa e vai,
viagem no verde volante
do ser e do enternecer.
Ilusão ?
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