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Poesias-->CARTA 22 -- 20/06/2002 - 15:15 (Vitor Tadeu) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta 22



O tempo é um malandro embriagado

Tentando levar-nos a loucura

Uma bicicleta com crianças ao lado

Chutando uma bola

Qual é o telefone de Deus ?

Qual é o poeta que nunca chorou a depressão ?



Irmãos, mando-vos cartas sujas

Cujos profetas, deixam ditados

Sem ensimenamentos de inverno

Quem quer ouvir ?

Quem quer seguir?

Não tem importância João Batista

Essas feridas serão atadas

A platéia está a ver seus pés descalços

Os meninos estão vendo seu suor

As meninas estão vendo seus cabelos embaraçados

Os velhinhos...

Os pobres velhinhos estão vendo sua timidez



Uma caravana de espíritos e anjos de fogo

Dançam sobre seu túmulo escuro

Sua sabedoria morna, ensina os seus filhos

Que cresceram na magia das ruas

Passo a passo, com suas camisas abertas

A marca da noite no suspiro da alma

Que canta com os ventos do Oeste



Descansa lua, pois o trabalho árduo

Faz parte da crença dos pobres

Dos pequenos, que não sabem amar

Então procuram algum tipo de alimento

Nos postes, depositam os seus valores

Nas armas, depositam a sua paz



Os lábios ainda têm cor

As coxas ainda têm sentido

A nuca ainda tem ...

O veiculo ocular para as nuvens

Um prisma doce, na hora da dor

Um gole de conhaque, que poderia ser a fonte

O desejo mais marginal

De alguém que com o toque do violão

Imagina a nudez da poesia



As meninas,

Deixaremos o sonho de um dia

Pode ser a princesa, a rainha e a vagabunda

E viajar através das paginas do seu diário

Que antes era secreto

Na palma da mão, bate um coração

Que todos os dias, a desperta

E recomeça o que ontem não terminou



As torres,

Que um dia escondeu os ladrões

Os paladinos de uma outra religião

As pedras da história medieval

As fugas. Os ataques. As derrotas...

Estão escondidas debaixo das areias dos seus pés



De todo, os filmes ficam, a solidão

Percebo que não posso ser

Percebo que não posso voar

Percebo que não somos gêmeos

Um choro febril surge da guerra

Dos amantes perdidos

Das filhas inertes

Das mães desesperadas

Das crianças famintas

Sem saber porque tem que ser assim



Por que as palavras não têm alma ?

Por que os mares não param ?

Por que Deus não sorri ?

Por que os santos são santos ? Sendo que um dia pecaram

Quem atirou primeiro ?



E um verso, sem refrão

Uma música, sem letras

Ficam elas com as suas cartas:

“E nem uma mulher mais, conceberá um filho

Nesta guerra de vaidade”.



Vitor Tadeu 19/06/2002



















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