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Poesias-->A boca -- 20/06/2002 - 15:19 (Vitor Tadeu) |
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A boca
Nessa overdose de desalento
Penso em aviões blindados
Brinco com borboletas e abelhas
E corro para sonhar
De tarde, quando o sol respira mais forte
Seus olhos brilham de coragem
E teria um mapa se eu quisesse
Entre os montes que nunca acabavam
Nesses porres de felicidade
Vejo o adeus ao porto dos navegadores
Viajantes amadores
Com portas e janelas abertas
Até se machucarem
Agora descobri que o câncer da minha alma
É o toque dos seus lábios infantes
De longe o olhar
Abraça as caldas das belezas do dia
A fita do cabelo
A marca no travesseiro
Ou talvez...
Talvez eu não lembre o teu endereço
O preço de estar preso nas amarras dos seus seios
Vendi o meu espírito de guerreiro
Sobrou o amante que chora ao ouvir a canção
Para alimentar o sorrateiro destino
No colo da sua paixão
Estou voltando,
Para ver os nossos filhos crescerem
Para ver os nossos filhos crescerem
Vitinho 07/06/2001
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