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Poesias-->Uma canção aos anjos caídos -- 20/06/2002 - 15:33 (Vitor Tadeu) |
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UMA CANÇÃO AOS ANJOS CAÍDOS
Na futura Babilônia dormi descoberto
Enquanto a serpente envolvia a espada
Todos gritavam de dor
Domesticados pela ira dos anjos
Anarquia de saias, brincos e signos
Fortes náuseas e frio nos pés
Abri os olhos tarde demais para cantar
Nem os pássaros tomavam seus conhaques matinais
Apenas uma folha manchada de tinta de cabelo
Talvez se foi, talvez nem veio
Acredito que a água não sairá do pescoço
Essas lágrimas não vão interferir no tempo
Duro como aço
Corrosivo como o ácido
Assim, os olhos
Tanto na ida
Como na vinda
Assusta
Agora a criança que iria nascer
Jogou-se na festa da ilusão poética de um feriado
Minhas refeições noturnas, são orquídeas de plásticos
Mais um traço do que poderia ter sido
Amigo, suas botas estão tão sujas
sua roupa amassada
Por onde andou, meu amigo ?
Tenho mais um convite para dormirmos no escuro
Lamentem , ó profetas da sabedoria
Por mim,
Nem um sonho
Perdão
Ou canção
Pois não sei se vou ser eu
O próximo a mentir para o destino
Serei eu que tocarei o sino
Para rogar mais um dia
Em que deixei de dançar do seu lado
Antes de ajuntar os livros
Antes de ver o sangue escorrer
Antes de assistir o sol nascer
Lembre, que estampei esse sorriso para você.
Vitinho 16/06/2001.
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