149 usuários online |
| |
|
Poesias-->A Canção da Janela -- 20/06/2002 - 21:30 (Gustavo Laranjeira) |
|
|
| |
A Canção da Janela
Janelas sempre foram quadradas.
Meu rosto nunca nelas se encaixou.
Posso lhe ver em tristeza profunda,
Dentro da janela sem vida.
Janelas sempre foram sádicas.
Mostram o que há lá fora,
Não são portas.
São televisores sem sonho.
Sempre a vejo dentro da janela.
Sempre a vejo.
Sempre dentro.
Na janela.
Sempre quis ter um céu particular.
Onde não existissem as janelas, de qualquer tipo.
A loucura não está nos pensamentos.
Mora dentro dos ouvintes.
Então vou abrir minha janela verde,
E observar o Sol a queimar a terra.
Absorver o queimar da tela.
Sorver a solidão da janela.
|
|