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Poesias-->Ana e Ama -- 21/06/2002 - 17:35 (Carlos Alberto de Souza Quintanilha) |
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Ana e Ama
(20/12/2001 – Quinta-feira)
Ana
Seu nome parece um verbo
No imperativo afirmativo:
Ama
Um verbo
Transitivo direto:
Amar
E tão singelo nome
Ana
Poderia ser sim um verbo
Cujo significado
A nós caberia definir.
Ana ama quem Ana ama
E quem ama Ana ?
Ana, seu nome é um verbo ?
E o que ele significa
Se um verbo for de fato ?
Quem você ama ?
Engana ?... Odeia ?...
Espanta ?...
Seu nome é um verbo ?
E ele tem significado ?
Ou cabe a nós defini-lo
Ou quem sabe, decifrá-lo ?
Ana
Tão singelo quanto ama
E quem ama, ama com intensidade
Qualidade...
Alguma morosidade...
Porque no amor a lentidão
Pode e deve existir
Qualidade no persistir...
E ai sim, seria indireto, este verbo...
Porque caberia às duas partes
Ana,
Sua singeleza é complexa
No entender do você
E é você um verbo ?
E o que significa ele ?
Dentro de toda esta complexidade ?
Ana ama e quem Ana ama ?
Talvez a vida
Que deve ser amada como nunca
Nunca desprezada
Nem esta vida e muito menos Ana
E quem Ana ama ?
A Deus e ao diabo ?
Ou a nenhum dos dois ?
Ou a nenhum de nós ?
Dúvida atroz
Que nos corrói feito
Nosso algoz
Que apenas espera o nosso pescoço
Para nele colocar o laço da corda...
E quem Ana ama ?
Seu passado ou o seu futuro ?
Coisas que sempre estão presentes
Na sua presença
Entre nós.
Ana
Para você e este nome
Que de agora em diante nomeio verbo
Darei um significado:
Ele será sinônimo de Amar
Será o imperativo afirmativo deste verbo
Que por ser também
Tão singelo, tem um significado tão profundo
Valendo muito mais do que o mundo
Bem mais do que um onze (11) de setembro
Um vinte e cinco de dezembro,
Uma vida tão simples quanto a minha
A sua a nossa
A de nossos filhos
Até dos que não tivemos
Ana, a quem você ama ?
Ao improvável, ao indelegado ?
E fica esta dúvida
Que será eterna
Fará parte terna
Destas mesmas simples dúvidas
Que povoam nossos pensamentos
E não incomodam tanto
Quanto pensamos:
Ana você ama ?.
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