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Poesias-->Zé das Couves -- 22/06/2002 - 16:31 (Jeyson Reis Barbosa) |
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Oh! Zé das Couves!
comerás hoje farinha com água
amanhã
água com farinha
pra variar, pra não cansar
Pra não cansar estes olhos longínquos
de quem a vida inteira trabalhou
para sustentar quem nunca viu
sem saber estar sustentando
Que pena Zé das Couves
que morrerás sem conhecer
que és escravo de uma nação
escrava de outra
assassina de seus filhos
Aquele mata com canhões, mísseis e embargos "tecnodemopoliticocratas"
Este mata de fome, de raiva, de tortura
De indignação, de futebol
Mas o que adianta né Zé?
Todos morreremos um dia
Uns putos porque sabem
Outros mansos por não saber.
Qual seria a melhor forma de morrer?
Quem vai saber? |
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