O poeta, um qualquer vadio, sentiu falta de Rosa. Rosa era linda faladeira, cheia de cheiro e brincadeiras, Rosa era linda.
O poeta lembrou entristecido, pois a vida segue sempre seu caminho e a Rosa ali ficou, plantada em sua alma, mas ele caminhou.
O poeta lembrou de como ela era vaidosa, egoísta, amante e magnífica... quanto de humano poderia caber nessa Rosa?
O poeta disse-lhe tanto, contou-lhe mil estórias, pois era hipnotizado pelos olhos atentos de Rosa e ela sempre tão profunda pedia, como seus olhos vermelhos de quem pouco dormia, que o poeta mergulha-se cada vez mais e mais no que sentia. O poeta sentiu tanto que ele pode sentir o bater do coração do mundo todo só ali, de fronte a Rosa.
O poeta disse-lhe tanto, contou-lhe mil estórias, falou sobre mil terras, em mil língua diferentes... disse-lhe tanto, mas não lhe disse:
- Eu te amo!
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