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Artigos-->Pensei...Não vou votar novamente -- 29/09/2006 - 00:29 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pensei. Não vou votar novamente...







Na minha luta solitária contra os canalhas que se candidatam ao poder, cada vez me sinto mais longe da sociedade democrática e votante. Por mais que me esforce para entender como o nosso sistema tenta convencer que o nosso voto tem valor, mais me sinto um idiota que ainda procura no meio dessa multidão de ladrões alguma pessoa que possa merecer o meu voto.

Não estou falando do presidente canalha, nem nos mensaleiros e sanguessugas, nem dos compradores e vendedores de votos no congresso. Estou falando naqueles que a sociedade que me cerca diz ser merecedor do voto porque é integro, honesto e trabalhador.

Ao analisar o patrimônio dessas pessoas e comparar com o que declararam quanto vão gastar na campanha, chego a conclusão que se eleito já chegarão ao Congresso totalmente comprometidos. Em alguns casos, vão gastar até três vezes o patrimônio declarado. Além disto receberão a verba que foi tirada do meu bolso e de todos brasileiros que os partidos recebem do governo central. Vale salientar que a maldita lei foi aprovada justamente por “eles”, “honestos e corruptos”, que comparecem três dias na semana na câmara ou no senado para fazer acusações uns aos outros e eventualmente aprovarem leis que acabam com cidadão que trabalha ou que já trabalhou e hoje é um aposentado.

Não posso admitir que empresas estatais como a monopolista Petrobrás, gaste fortunas com propaganda para vender o que já está vendido. Não posso aceitar que prefeituras de cidades pobres com menos de 200.000 habitantes façam propagandas de um minuto no horário nobre com vídeos falsos de alta qualidade, para apenas elogiarem seus mandatários. (Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes e Cabo) Ai eu pergunto: Houve licitação?

Quem ganhou a comissão de 20% ? Os Prefeitos dessas cidades tem parentes candidatos? –

Na verdade todos têm parentes ou amigos a quem estão apoiando e disponibilizando cargos e benesses as custas do IPTU que nós pagamos e que eles aumentam a razão de até 260% ao ano a título de reavaliação do imóvel. Essa lei deveria ser rasgada, porque nós os proprietários não podemos reavaliar nossos imóveis junto ao Imposto de Renda. A lei municipal aumenta o valor de nossos imóveis e quando vamos vende-las não podemos fazer da mesma forma junto ao governo federal. Resultado: pagamos 15% de I.R de algo que não ganhamos. As taxas públicas anualmente sobem em até 300%. Algum candidato “honesto ou corrupto” falou nesse assunto?

O que vemos na televisão? Candidatos acusando candidatos. Promessas inviáveis que o próprio bandido sabe que é inexeqüível. Os mais antigos vêm com a conversa que tem cinco mandatos e que irá continuar a defender o povo. O político que tem cinco mandatos deveria ter vergonha de falar porque se em vinte anos ele não fez nada, é um ladrão e como tal deveria está na cadeia.

Na verdade o que todos querem é o poder e junto com ele o dinheiro. O povo, o eleitor que se exploda! Depois de eleitos todos se juntarão para nomear seus parentes, usufruir a mordomia brasiliana, fazer conchavos, vender votos, aprovar emendas ou engajar em uma dessas quadrilhas que dilapidam o erário público.

Político ladrão não é só aquele que rouba o patrimônio público. O omisso, o comprador de consciências com a propaganda massiva e enganosa, também é ladrão. Ambos estão sendo pagos por nós cidadãos que trabalhamos e pagamos 37% do que ganhamos para alimentar essa corja. Todos desobedecem à lei. Faltam as seções, ou quando comparecem tratam de outros interesses com os colegas. A panorâmica que vejo nas seções normais parece com um grande botequim. Enquanto o colega que esta na tribuna, fala rodinhas de deputados de costas para o orador conversam como se estivessem em um bar ou numa festa. Só existe atenção e interesse quando é um escândalo, votação de emendas, cassação ou alguma lei polêmica que sempre vem através de medida provisória com maracutaias e compra de votos dos que deveriam reprova-las.

Enquanto os congressistas tiverem verba de gabinete, automóvel, apartamento, e outras mordomias pagas pelo meu bolso; enquanto não houver parlamentarismo e voto distrital; enquanto não for proibido o poder público fazer propaganda; enquanto não houver fidelidade partidária; enquanto o voto continuar obrigatório, eu continuarei sem votar e sentir o prazer de desobedecer à lei. Pago a multa com todo prazer, mas jamais serei cúmplice da safadeza e da corrupção. Não resolve nada, mas também usufruo o prazer da impunidade.



Mauro de Oliveira

28/09/2006



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