Na fibra da carne escondo da musculatura o tônus da célula
que, a pólen e sêmen, concebe a fala e o gesto
enquanto dou, se falar me permitem, aos tapas a cara
que me desmascara na lágrima o orvalho da noite fria,
no cheiro de mato – o gosto de grama
no pistilo da flor – a haste do arbusto frutífero
e erva daninha – palavra perdida em afago
na máquina do poema em seu estado natural.
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