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Poesias-->A Natureza do Amor (Resposta ao poema "De Faíscas e de Luz") -- 25/06/2002 - 16:43 (Jonathan Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Busca o infinito céu.

Busco o infinito átomo.

Mas qual grandeza é maior

que o próprio infinito, a existência?



Ora, Walquíria, a beleza da vida

nasce de uma fonte microscópica: o gene!



As centelhas são a gênese da Grande Explosão.



Não queira comparar

o que não tem comparação...



A natureza do amor é o fogo

– que não tem forma, não tem

paredes ou grades

a lhe conter.





II



A brasa é fogo dormente.

A centelha é fogo-semente

da explosão.

Mas, tão poderosa e livre,

basta-lhe a falta de ar

para não (se) queimar.





III



A vida é toda feita de lampejos.

Assim são os dias, sucessão de momentos

e noites:

são como um filme

projetado lentamente.



Assim são pessoas,

flashes da civilização.



É uma faísca a paixão,

semente do amor,

a flor do meu desejo.





IV



Não clame por tanta luz!

Faíscas aleatórias

formam o facho que conduz

o livro da nossa história.



Não me prenda por roubar,

no velho hotel, seus momentos,

pois já sou um prisioneiro

da luz do seu pensamento.



Sim, a paixão é luz, Wal!

Mas é luz de uma fogueira:

explosão fenomenal,

intensa, mas... passageira.



Minha paixão! não se esqueça

que a paixão é vendaval

– talvez necessário mal

para que o amor floresça.



O amor, matéria errante,

se condensa – o inteiro espaço

cabe inteiro, aconchegante

no brilho do nosso abraço.



Wal, o amor é como o fogo

cuja maior propriedade

é não pertencer... é jogo

de acender a liberdade.



Eu também digo, gritando:

sim, Walquíria, é com seu grito

que eu irei cantarolando

rumo às bordas do infinito



com minha tez desinibida

e os meus versos tão chinfrins

colher a luz emitida

do seu corpo de marfim



descobrir que o fim da tarde

é a porta do firmamento...

que o infinito, a eternidade

são a soma de momentos



e dizer que este momento

ruma para a eternidade

e que o vento é o alimento

da brasa que nele arde.



Sim, Walquíria, hei de dizer

que lhe quero por momentos

assim, no plural... um vento

bom... que nunca hei de esquecer.





Jonathan Guimarães

23/6/02

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