Estamos há alguns dias do segundo turno da eleição que poderá definir a volta do estilo de governar que o povo conhece desde que elegeu Fernando Henrique Cardoso duas vezes.
Na verdade para o povão a coisa continuará na mesma. A política aplicada à economia não será alterada uma vírgula sequer. Existem forças maiores do que o desejo de autonomia e independência financeira do Brasil.
Com Lula ou sem Lula, o pobre continuará sendo pobre e o rico cada vez mais rico. Essa história do Analfabeto político do seu Bertolt é muito relativa. Até que ponto pode essa "ilustração política" toda eleger pessoas melhores do que Paulo Maluf, Valdemar da Costa Neto, Fernando Collor de Mello e Clodovil?
Nem vem que não tem seu Brecht!
Com ou sem ignorância política surgirão as prostitutas, os menores abandonados, os pilantras, os lacaios das empresas nacionais e multinacionais e o político corrupto.
A pergunta que o eleitor faz, no fundo, bem lá no fundo é: qual político pode trazer mais brasa pra minha sardinha?
E não pode o votante dizer-se espantado quando no fim do mandato do seu eleito, notar que ficou na mesma situação existente quando lhe pedia o voto aquele tal ilusionista.
Os pobres sempre existiram e sempre existirão. O analfabetismo também. Não é novidade nenhuma afirmar ser mais útil pro safado a vigência da agrafia na maior quantidade possível de pessoas.
A atual orientação pedagógica observável no ensino público não pode fazer o cidadão comum pensar num futuro brilhante para o Brasil.
O mundo é dos espertos. Os ilusionistas são muito espertos.