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Poesias-->VIAGEM SEM FIM -- 27/06/2002 - 00:01 (Veneza de Almeida Babicsak) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


VIAGEM SEM FIM





Tudo é nada diante do todo, nada sou nas raízes de meu ser

Finjo até me encontrar nas profundezas dos sonhos

Procuro nos devaneios de minha existência, um elo de luz.

Desejo ser exatamente o que me propuseram e ainda consigo

Abrir os braços para o infinito em busca de esperança.





No espaço do tempo, nada é real, tudo parece embaralhado

Minha mente fervilha, ouço vozes e sinto o cheiro do mar

Um mar tão intenso, tão envolvente, acariciando o frescor da pele

E a sensibilidade extravasando nessa imensidão

Olho para o infinito e nada vejo. Sinto apenas um vazio profundo

Meu corpo inerte parece flutuar... Quero sentir, quero saber,

Quero ouvir, quero ter certeza ! Onde estou ! O que aconteceu ?

Será sonho ou realidade ? Existe um conflito, interrogação !

Preciso obter uma resposta para que eu possa, enfim, renascer.





Tenho a sensação que parti e nesta viagem tenho que me reencontrar

Tenho que reconquistar a esperança, mudar, transformar.

Ser algo diante do que me amedronta e me assusta

Quero aprender a ser o que não fui, esquecer o que vivi sem saber,

Juntar os pedaços de minha existência para poder ser eu

Seguir o caminho sem volta e assumir os papéis que a vida me propôs

Tão deliberadamente que não quis aceitar e sem perceber,

Simplesmente coloquei uma máscara, tal qual uma armadura

Tão invisível quanto minha existência.





Vivi numa redoma intransponível como uma guerreira sem sonhos,

Sem proteção, erguendo uma bandeira por ideais inexistentes

Lutando por um sonho, um sonho de amor. Amando seu país,

Suas origens, suas crenças, sua gente. Amando a tudo e a todos,

Amando o nada, nunca se importando com o acaso do destino,

Com o inesperado e as tramas que a vida pode nos conduzir.





Agora, tudo me envolve, como um manto, tão singelo, tão verdadeiro

A vida me jogou neste mar de conflitos, me sensibilizou e

Ao mesmo tempo, sinto culpa do que não consegui fazer,

Daquilo que não consegui ser. Sinto que o impossível

Era tão passível e nunca quis compreender.

Será que é tarde para arrancar esta máscara e tentar descobrir





Quem realmente eu sou! Só agora a vida me faz refletir

Só agora tento querer saber quem sou !





Serei uma personagem que disseca o sonho de um patriota exaltado?

Quem sabe, um herói a um passo da loucura e a beira da realidade.

De sonhos às verdades, das mentiras às ilusões.

No sono eterno, a paz merecida, assumindo a própria máscara.

Posso ser também alguém que se encanta pelo Brasil

Como um índio inquieto a percorrer trilhas sem fim

Um corajoso em movimento e não um covarde imóvel

Ou talvez, aquele que procura respostas, explicações

Revisando seus erros num universo repleto de retificações

Obter através de fraquezas alheias, envelhecer sem sentido

Gastar os anos sem objetivo, maltratar-se e maltratando

Endurecendo, calejando e embotando toda a sensibilidade

Aceitando as tramas da vida, tal qual as armadilhas

Que a própria vida faz ou quem sabe, culpar-se a vida toda

Até conseguir o perdão eterno...







Mas que máscara usar diante deste impasse?

Duelar com o mundo, com a cultura, com os costumes

Conviver com o orgulho, assumir papéis inconsequentes

Ou mergulhar no encanto das palavras nos doces poemas

Poema que enaltece, revigora, entristece e faz sorrir...







...“Meu rosto descansa, entre duas flores, chamei-o, chamei-o

muitas vezes e ele não quis responder, não pôde falar !

Disse que era tarde”...







Oh, Cecília! nunca é tarde para assumir uma viagem sem fim

Mesmo quando arrancamos a máscara diante da vida...





Veneza de Almeida Babicsak
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