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Artigos-->ELEIÇÕES - O VOTO É SEU - NÃO ACEITO O PRECONCEITO ELEITORAL -- 09/10/2006 - 17:32 (Paulo Araújo de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A cada dia que passa fico mais impressionado! O segundo turno das eleições para Presidente da República está trazendo à tona uma característica nefasta do povo brasileiro. Curiosamente, após a confirmação do segundo turno, pudemos verificar o início de duas campanhas eleitorais, uma a favor da eleição do ex-governador de São Paulo e outra contra a reeleição do atual presidente. Isto poderia ser encarado como natural em função de termos dois candidatos ao cargo maior da nação, mas de fato, não é. Principalmente se considerarmos as peculiaridades, sutis em alguns casos e grotescas em outros, quanto à forma que se prolifera a campanha.

É certo, o primeiro turno expôs, deixou claro qual foi o foco da governabilidade do Presidente Lula e este foco ficou estrategicamente concentrado no norte e nordeste do país, em populações empobrecidas em todos os estados. Já o ex-governador teve marcante vitória em regiões ditas mais desenvolvidas e onde a renda está mais concentrada. Outra nuance do retrato eleitoral para Lula é que seus eleitores, em grande maioria, são aqueles cuja escolaridade não atinge o segundo grau, contraposto pelos eleitores de Alckmin que em grande parte tem o nível universitário e uma grande parcela com pós-graduação, doutorado, etc.

Este breve cenário, por si só, bastaria para grandes discussões sociais, políticas e filosóficas, mas não é meu objetivo neste texto. O que fica, para mim, e como dizia no primeiro parágrafo, é a forma subliminar que a campanha está sendo direcionada não diretamente (ou abertamente), pelo candidato Alckmin, mas por sua base eleitoral. Esta forma (veja mais abaixo) expõe uma chaga doentia e nefasta de grande parcela da população brasileira, que se caracteriza basicamente pela inação e pela crítica sem proposta de construção. Falo basicamente da questão do preconceito. Sim, preconceito.

Na regra os dois candidatos são oriundos da mesma matriz política. Ambos são de origem socialista ou de centro esquerda, ambos lutaram pela democracia a estabilidade da moeda e são ortodoxos na gestão da economia. Da mesma forma ambos trazem em sua base partidária manchas que poderiam inviabilizar suas candidaturas. Como é conhecida do público a gestão de FHC foi recheada de denúncias e de atos corruptos assim como a gestão de Lula. Infelizmente esta é uma realidade. Obviamente partidários de um e outro candidato poderão argumentar em suas defesas sobre um ou outro, ou ainda, sobre todos os pontos.

Mas, voltando ao cerne da questão, o preconceito embutido nas expressões.



- Você vai votar no Lula, Credo!

- Nossa, você, um cara culto, estudado...Vai votar no Lula?



Ainda temos as expressões faciais, que silentes, traduzem o sentimento de repugnância do interlocutor anti-Lula e cuja mensagem é imediatamente captada pelo inconsciente. O preconceito está embutido diretamente nas expressões acima.

Há sim, o contínuo desconforto de uma grande parte da população pelo fato de Lula não ter concluído seus estudos, de ter uma origem miserável e de ter tido a ousadia de tornar-se Presidente da República. Não vou entrar no mérito se poderia ou não ter se esforçado, como muitos outros exemplos de pobres que estudaram e conseguiram fazer a vida através do estudo.

Entendo que, nesta fase, a polarização é inevitável e, da mesma forma, entendo que Lula, como presidente, com todos os problemas apresentados durante seu mandato, alimentou ainda mais esta divisão. Era necessário não corromper, não se deixar corromper e se acontecesse, como de fato aconteceu, punir imediatamente e nunca, nunca se omitir.

De qualquer modo, você que vai votar neste dia 29, não ser deixe influenciar por qualquer um dos lados. Se, após um exame de consciência, análise das propostas, acompanhamento dos debates e dos programas eleitorais, você entender que deve votar em Alckmin, ok, vote em Alckmin. Se, ao contrário, você entender que deve votar em Lula, ok, vote em Lula. Não permita que as pessoas, qualquer pessoa minimize a sua decisão, esse é o processo democrático, se assim não fosse não haveria necessidade de eleição. Não vote em qualquer dos candidatos por receio de não ser bem aceito em seu meio. Se alguém, amigo ou não, de modo jocoso censurar seu voto, direta ou indiretamente, certamente não merece estar em seu círculo de amizades. Repense...



Paulo Araújo de Lima

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