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Poesias-->CHEIRO DE CAFÉ ! SAUDADES DE MEU PAI ! -- 28/06/2002 - 23:40 (Veneza de Almeida Babicsak) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CHEIRO DE CAFÉ! SAUDADES DE MEU PAI!



O relógio toca, toca, toca.

Aperto o botão ainda dormindo

Hora de levantar, muita preguiça

É dia de trabalho, não adianta lamentar.



Ah! Chuveiro milagroso!

Suas águas me renovam, dando energia

O dia promete, e eu prometo trabalhar

Necessidade me empurra dando coragem



Troca de roupa, sapatos, perfumes, que legal!

Tão bom sentir-se útil, capaz e viva,

Mas, sem um cafezinho, impossível

E o tempo, não vai dar, o relógio anda.



Ando depressa, entro no carro, hora de sair

Há tempo ainda para saborear um cafezinho

Não no bar, nem na padaria, nem no trabalho

Só na Casa da mamãe, que maravilha!



Ainda na rua, o carro à mil, segue quase sozinho

Mesma rua, mesmo horário, mesmo destino

Alguém sempre me espera, que delícia

Isso é mais gostoso que o café.



Chego e todos os dias ele está chegando também.

Nas mãos, sacolinha com pães, que gostosura!

Ah! Mas o cheirinho da mortadela é demais,

Meu pai sorridente, havia comprado os pãezinhos.



Juntos, entramos na cozinha, outro cheirinho,

Café! Não dá prá aguentar. Só resta agora

Sentar, olhar para a mesa e se deliciar

Café, leite, pão, manteiga e mortadela.



Hum! Ainda sinto este cheiro.

Cheiro do café, do pão com mortadela,

Cheiro do amor, da energia, da felicidade.

Cheiro da presença, cheiro de meu pai.



Cheiro, agora só posso sentir e lembrar

Lembrar do meu querido pai, que todos os dias

Acordava e pensava no meu cafezinho

E eu podia usufruir todos estes momentos.



E agora, o relógio toca, chuveiro, roupas,

Sapatos, perfumes, trabalho, cansaço.

Não tomo mais café, vou direto pro trabalho

A saudade aperta, não tenho mais pai.



Ele se foi, Deus o levou para sempre

Estou só e tudo daria, se quando eu saísse

Em toda manhã avistasse aquele homem

Apressado com pão e mortadela nas mãos

E o café reforçar minha energia.





Veneza de Almeida Babicsak
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