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Artigos-->Ariano Suassuna: retrocesso -- 19/10/2006 - 01:59 (Janete Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Subject: Retrocessso político



6 DE OUTUBRO DE 2006 - 15h30

Alckmin é retrocesso , diz Ariano Suassuna



Perto de completar 80 anos, Ariano Suassuna continua incansável. Autor de

obras memoráveis da literatura brasileira, como O Auto da Compadecida e A

Pedra do Reino, o escritor paraibano, filiado ao PSB — foi suplente do

candidato derrotado do partido ao Senado, Jorge Gomes — também é um dos

principais defensores e representantes da cultura popular brasileira.



Suassuna vota em Lula pela 5ª vez

Em Brasília desde terça-feira (3), onde participa, no Centro Cultural Banco

do Brasil (CCBB), do Projeto Armorial, sobre o movimento cultural que ajudou

a criar na década de 1970, o escritor concedeu entrevista ao Correio. Ele

falou sobre o governo Lula, a crise que assola o país, defendeu o programa

Bolsa Família e comparou o candidato à reeleição ao populista Getúlio Vargas.



“Vi Getúlio apavorado e amargurado quando descobriu que pessoas próximas a

ele estavam cometendo atos desonestos. Mas que ninguém espere isso de Lula

não, porque ele tem a paciência e sabedoria do povo brasileiro”, defende.



Ariano gosta de citar que o escritor Machado de Assis falava de um “Brasil

oficial” e outro “real”. O primeiro caricato e burlesco. O segundo bom e

revelador dos melhores instintos. Diz ainda que o grande significado de Lula

foi ele ter sido o primeiro filho do povo do “Brasil real” a chegar à

Presidência da República.



Cabo eleitoral



GOVERNO LULA

“Achei a eleição de Lula um fato histórico. Em 500 anos de história foi a

primeira vez que um homem saído do povo do ‘Brasil real’ chegou à

Presidência

da República. O que aconteceu, ao meu ver, graças às invulgares qualidades

pessoais deles. Conheço Lula pessoalmente, gosto muito dele, acho que ele

fez

um governo excepcional. Algumas pessoas atacam, por exemplo, o programa

Bolsa

Família dizendo que é um programa assistencialista. Não concordo com isso

não. Quer dizer, é assistencialista, o ideal seria que nós não precisássemos

ter esse tipo de programa, mas num país onde existe essa desigualdade social

dilaceradora e onde existe pessoas passando fome, um programa como o Bolsa

Família é indispensável. Acho que o programa tem que ser ampliado e

aprofundado. De maneira que votei em Lula já cinco vezes e vou votar agora

pela sexta vez com muito orgulho. Estou com ele.



ESCÂNDALOS

“Acompanho os escândalos no noticiário com muita amargura e acredito que o

mesmo acontece com todos os brasileiros. Mas talvez por ser velho, menos

perplexo. Não é a primeira vez que vejo isso não. Eu já vi isso com um

presidente chamado Getúlio Vargas, que tinha um projeto de desenvolvimento

para o Brasil a partir do capital brasileiro e que tinha uma preocupação

social muito evidente. Do ponto de vista do

programa social, se olharmos o Brasil de Getúlio Vargas e depois para o de

Fernando Henrique Cardoso, houve uma decadência muito grande. Muitos

direitos

que Getúlio Vargas tinha dado à população pobre foram cortados. A

instabilidade de emprego, o salário mínimo, as consolidações das leis de

trabalho, enfim, todas essas medidas foram destruídas pelo capitalismo

neoliberal que hoje está imperando no Brasil. E outra coisa, Getúlio Vargas

tinha muitos defeitos, mas ele foi deposto não pelos defeitos e sim pelas

qualidades que ele tinha. Então, eu vi Getúlio, de repente, além da crise

política que o cercava, apavorado e amargurado quando descobriu que pessoas

próximas a ele estavam cometendo atos desonestos. E ele ficou tão amargurado

que deu um tiro no peito. Mas que ninguém espere isso de Lula não, porque

ele

tem a paciência e sabedoria do povo brasileiro.”



ALCKMIN

“Uma possível eleição de (Geraldo) Alckmin vai ser um retrocesso, porque ele

representa para mim uma volta do pensamento que considero altamente nefasto,

que é o capitalismo neoliberal. Ele está cercado pelo Fernando Henrique

Cardoso, por todo este grupo que entregou a Companhia Siderúrgica Nacional

(CSN), entregou a Companhia Vale do Rio Doce e não entregou a Petrobras, o

Banco do Brasil e a base de foguete de Alcântara (MA), porque o Lula não

deixou. Lula estancou as privatizações, que ao meu ver foi uma coisa

extraordinária, ele procurou integrar e está procurando integrar o Brasil

com

a Rússia, com a África do Sul, com a Índia e com a China e está procurando

fazer um coisa com a qual eu sonhava desde de 1971. No meu entender, Alckmin

vai acabar com tudo isso e realinhar o Brasil a uma política de

subserviência

à Alca e aos Estados Unidos. Coisa que para mim é altamente perniciosa ao

Brasil.”



APOIO NORDESTINO

“O Nordeste e o Norte, as regiões onde Lula ganhou, são os lugares do Brasil

onde o povo passa mais dificuldade. Então eles sentiram na pele os

benefícios

do governo Lula. No Sul e Sudeste a situação econômica da população é

melhor,

então eles podem ser dar ao luxo de dizer que o Bolsa Família é apenas um

programa assistencialista, resultado de um populismo de Lula. Mas a família

que passa necessidade e recebe o Bolsa Família sabe da importância disso.”



ACM E COLLOR

“A derrota de Antonio Carlos Magalhães na Bahia me parece causada por uma

exaustão. Chegou o momento em que a figura dele, que tem uma influência

enorme no estado, com o próprio decorrer do tempo exauriu aquele modelo de

política na Bahia. Por outro lado, tem fatos que podem causar espanto no

primeiro momento. A volta de Collor é realmente um retrocesso, mas que faz

parte do próprio jogo democrático. Acho que a eleição de Collor não tem

significado político importante não. Agora, mas do que isso, me preocupou,

em

São Paulo, a eleição dos três deputados mais votados. O Clodovil (Hernandez,

eleito deputado federal por São Paulo pelo PTC), por exemplo, achei uma

coisa

absurda. Não tenho preconceito nenhum não, mas pelo o que ouvi dele acho que

é uma pessoa totalmente despreparada. Perguntaram para ele, eu vi na

televisão, quais eram os projetos políticos dele e a resposta foi: ‘Eu não

sei não querido, eu não sei dizer nada’. Acho que as pessoas têm que ter bom

senso.”



Fonte: Correio Braziliense

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