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Artigos-->A Farsa II -- 23/10/2006 - 09:44 (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA/Alcir J.T. de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Farsa II





Estamos aqui apenas para pagar !





A frase a cima, não reflete nenhum tipo de consciência religiosa, pois todos os que lêem meus escritos sabem que não tenho em mim nenhum tipo de fatalismo oriundo de conceitos espiritualistas; a frase em questão reflete a minha visão concreta da sociedade em que vivemos, suas ações e as inevitáveis conseqüências destas em nossas vidas.

Inquestionavelmente, em todas as formas de relacionamentos sociais, seja com qual titulo foram agraciados desde os primórdios tiveram como ponto em comum o fato de que o cidadão sempre paga pelo que não recebe. A constituição de hoje e as proclamações reais escritas e impostas pelo peso das espadas, tem este detalhe sobre quem pagaria a conta no final dos banquetes aos quais jamais seriam convidados; sequer para as sobras e migalhas.

Aos ungidos tudo, aos desprovidos a conta, é assim que foi, é e sempre será, a menos (o que duvido muitíssimo) que os cidadãos esquecidos e abandonados revoltem-se e imponham finalmente aos favorecidos e detentores do controle remoto(por assim dizer) o pagamento final da fatura. Temos por escrito na constituição direitos além dos deveres e por estes direitos nela definidos, quais seriam as obrigações do estado para com estes mesmos cidadãos e grosso modo, defino aqui os cinco direitos que nos são negados sistematicamente forma de governo após forma de governo:

_ Em primeiro lugar a educação, quem em sã consciência pode estar satisfeito com o modelo educacional que nos é imposto, por suas inquestionáveis deficiências, ausências, incompetências e omissões que vão desde o desvio de fundos para a merenda à total desqualificação dos professores e seus programas totalmente avessos as modernas tecnologias de ensino e distantes da capacitação acadêmico profissional voltada para o século XXI tão indispensável a adequação do Brasil ao novo mundo que se descortina.

Em segundo lugar a saúde, tão necessária quanto inexistente dentre as classes que dela dependem para que tenham força tanto física quanto intelectual para sustentar como pilares a sociedade da qual fazem parte, pois posso assegurar-lhes com absoluta certeza que oligofrênicos esquálidos não geram colunas de sustentação confiáveis.

Em terceiro lugar, o emprego (e com ele salários e benefícios coerentes) pleno e adequado as necessidades dos cidadãos e da sociedade ao invés, deste controle subcaudal e espúrio que nos foi imposto por sibaritas do status quo como modelo empregatício.

Em quarto, a moradia digna e com custo real, para que todos os cidadão tenham condições de satisfazer à esta necessidade sem terem de pagar por ela por todas as suas vidas e venham motivados pela ganância travestida de juros e de um fictício saldo devedor a morrer sem ver este direito imprescindível satisfeito plenamente para si e seus familiares.

E em quinto, a segurança; não apenas a aquela segurança física contra assaltantes e criminosos e sim outros tão diretos e objetivos quanto; tais como a segurança de que a sua cidadania e humanidades serão tão respeitadas e protegidas quanto o patrimônio físico e pecuniário dos poderosos e das elites, que o cidadão comum esteja seguro, de que o judiciário ao invés de favores e benesses aos privilegiados, irá sim realizar a distribuição da justiça para todos em nome da cidadania e da igualdade social, que a policia, será um fator determinante da proteção do cidadão contra seus inimigos em todos os níveis e escalões, e não esta policia covarde, cruel e venal que temos em nossa sociedade, da mesma forma as forças armadas que distanciem-se inequivocamente da exceção e do trogloditismo que sempre fizeram parte de suas atribuições contra o cidadão comum.

Assim, creio que fiz-me entender no contexto do pagar, relato que abstive-me de escrever (desta feita) quanto aos deveres e obrigações do cidadão visto que esta matéria será tratada por mim em um novo artigo, porém quero deixar claro que tenho muita consciência dos deveres do homem para com o meio social do qual faz parte, porém creio que a divida nesta direção apesar de real para com o estado é infinitamente menor do que a do próprio cidadão para com ele mesmo: a total ausência de respeito do homem (individuo) no que concerne a natureza, com seu esgoto oculto lançado em áreas comuns, papeis, guimbas (bitucas) de cigarros(burrice redundante) lançadas ao leu social, a depredação do patrimônio público e do bem comum são excrescências que devem ser combatidas e tratadas com rigor e severidade porém para que o estado tenha peso e substância moral para cobrar e aplicar lições, é preciso antes de mais nada que ele cumpra com suas obrigações para conosco e para de enviar-nos a conta de orgias e banquetes para os quais não somos convidados.









Saudações





Alcir de Souza



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