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Poesias-->Poliamigodato de carinhetila -- 30/06/2002 - 01:24 (Rogério Penna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

MODO DE USAR:

Dose única. Leia até o fim.

Mantenha a sua paciência e a sua atenção em um poema, assim como em uma amizade.

Indicado para quem tem, teve, ou quer ter, sempre grandes amizades pela vida.



II

Meu amigo, caro amigo

Eu queria estar contigo

Pra dizer todo o perigo

Desse seu temor antigo

Descabido

Encardido

Esse medo tão sofrido

Nesse tempo tão fadigo

Meu amigo

Conhecido

Meu amigo tão querido

De valor sobrescrevido

Aparecido

Engrandecido

Mas de queixo tão maldigo

Que ficou envaidecido

A olhar o próprio umbigo

E o perigo tão temido

Meu amigo

Tão querido

Finalmente aconteceu.









Mas que breu...









Meu amigo

Meu amigo

De olhar aborrecido

O teu queixo adormecido

De olhar o próprio umbigo

Ficou que acabou caído

Muito abaixo do umbigo

Te predigo

Meu amigo

Um tempo um pouco bandido

De mendigo

Eu te digo

Mas quem ouve esse estalido

Do teu queixo enraivecido

Contraído

Intrometido

Percebe empalidecido

Que o teu caminho invertido

Te deixou tão decidido

Que o mundo está a perigo

E que o sangue tão fedido

Desse tempo tão perdido

Vai lavar todo o abrigo

Do teu coração padecido

Te predigo

Meu amigo

Uma guerra, pois, contigo

Que é teu pior inimigo

Mas terás a teu partido

Um exército querido

Por ti mesmo escolhido

E a ti mesmo pertencido

Que estará pra sempre unido

Nesta luta e em outros idos

Onde mais te for preciso

Pra ouvir o teu cantigo

E criar o teu sorriso

Teu sorriso de amigo

Te predigo

Meu amigo

Que depois de investido

Teu pezar será vencido

E o destino decidido

Que o sangue no vestido

De lembrança no tecido

Do que houve combatido

Será do orgulho ferido

E do teu pranto escondido

Que a tua bandeira venceu.









E não teu...









III

Ah, um amigo

Amigo é aquele sujeito

Que não se sabe direito

Se existe.

Que se nos vê bem é contente

Que se nos vê mal fica triste.

(e a tristeza o amigo sente)

Amigo é aquele bandido

Que vê o que ninguém mais vê

Que sabe o que ninguém mais sabe

Nem você.

Que rouba todos os teus segredos

Que sabe de todos os teus medos

E você nem imagina.

Um amigo é um soldado insaciável

Indestrtutível

Que faz por você o que ele talvez não fizesse por ele próprio

Que entende do teu coração mais do que qualquer cardiologista.

Que conhece os teus olhos mais do que qualquer oftalmologista.

Amigo é aquele sujeito

Que mesmo conhecendo a ti e a teus defeitos

Ainda acredita em você

Vai-se lá saber porquê!

E o menor dos teus passos

É sempre suficiente pra justificar

Todos os teus fracassos

Numa lógica superior àquela que partimos

De quem é conhecedor do verdadeiro dom de amigo.

Um amigo de verdade.

Um amigo de verdade que, para a sólida amizade

Tem que ter boa vontade

Tem que ter sinceridade.

Um bom amigo há que falar pouco e dizer muito.

E dizer sempre a verdade

Ainda que lhe custe uma paulada na cabeça

Pra que a amizade se mereça.

Um bom amigo há que nos deixar sempre a vontade

Mesmo no silêncio da falta de assunto

Na quietude

Há de ser de presença amiúde

E se não for, deve sempre ter saudade.

Um bom amigo deve finalmente

Ter sempre um caminho pela frente

E sempre um bom conselho para a gente.

Conselhos sobre assuntos que ele nem se quer conhece

Sobre situações que ele nunca viveu

Saídas que ele dedscobre mesmo sem saber porquê.

O bom amigo não há de ser sabido

E nem te ensinar qualquer lição

Pra depois se esquecer.

Um bom amigo não é aquele que te explica a vida

Mas aquele que a descobre com você.





Rogério Penna

06/2002
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