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Artigos-->Abel Pereira nega ter visto dossiê contra Mercadante -- 24/10/2006 - 00:53 (Janete Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Seg, 23 Out - 22h09



Por Jonas da Silva



CUIABÁ (Reuters) - Em depoimento nesta segunda-feira à Polícia Federal, o empresário do ramo de construção Abel Pereira, acusado de envolvimento no esquema de superfaturamente de ambulâncias, disse não ter tomado conhecimento de documentos que pudessem ligar o senador Aloizio Mercadante (PT) ao escândalo.



Pereira, empresário de Piracicaba (SP) ligado ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri no governo Fernando Henrique Cardoso, foi ouvido no inquérito que apura a máfia dos sanguessugas.



Segundo ele, o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam e líder da máfia dos sanguessugas, ofereceu dossiês contra os dois principais candidatos ao governo paulista --José Serra (PSDB), que acabou sendo eleito, e Aloizio Mercadante (PT)--, tanto a tucanos quanto a petistas.



Pereira disse, no entanto, que não chegou a ter contato com o dossiê contra o candidato petista.



"O declarante não viu, em nenhum momento, documentos que comprometessem o senador Aloizio Mercadante com a máfia dos sanguessugas", diz o relatório de quatro páginas com o depoimento de Pereira à Polícia Federal de Mato Grosso, cuja cópia foi entregue a jornalistas.



No depoimento, Pereira descreveu a situação em que conheceu o empresário Luiz Antônio Vedoin e seu pai, Darci Vedoin, donos da Planam, empresa pivô do escândalo de uso de dinheiro público para compra de ambulâncias superfaturadas.



Segundo ele, foi Luiz Antônio quem tomou a iniciativa de procurar o empresário, em São Paulo para falar de documentos que comprovariam a interferência do senador Mercadante em emendas do Ministério da Saúde para a aquisição de ambulâncias.



"Luiz Antônio solicitou ao declarante (Abel Pereira) que procurasse a cúpula do PSDB para passar as denúncias", acrescenta o relatório da PF com o conteúdo do depoimento.



Ainda de acordo com o depoimento de Pereira, no mesmo dia em que ele esteve em Cuiabá para falar com Vedoin --24 de agosto--, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e o ex-policial federal Gedimar Passos, ligados ao PT, também foram a cidade para falar com o dono da Planam.



Veloso e Passos são investigados sobre a origem do dinheiro do dossiê e pertenciam à coordenação da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do escândalo.



Pereira disse que foi apresentado aos Vedoins pelo ex-prefeito de Jaciara (MT), Valdizete Martins Nogueira --então filiado ao PSDB, hoje no PPS-- no final de 2001 ou 2002. O ex-prefeito intermediou parte da venda de uma fazenda de Pereira na cidade em 2003.



O empresário confirmou à PF que conhece o prefeito de Piracicaba e ex-ministro da Saúde, Barjas Negri e que esteve na sede da Planam em Cuiabá. Mas negou acusações de que teria recebido propina para negociar emendas no Ministério da Saúde na gestão Negri, conforme disse Luiz Antônio Vedoin ao juiz da 2a Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, na sexta-feira passada.



REAÇÃO



O dossiê contra Serra veio a público com a prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, ligados ao PT, em 15 de setembro em um hotel na capital paulista, com cerca de 1,7 milhão de reais que seriam usados na compra do material.



A campanha de Mercadante foi diretamente envolvida no caso pelo fato de Hamilton Lacerda, então coordenador de comunicação, passar a ser investigado por supostamente ter levado o dinheiro para os dois naquele dia. Lacerda, que foi afastado do cargo da campanha do senador petista com a eclosão do escândalo, nega que tenha sido o portador dos recursos.



Em nota divulgada à imprensa na tarde desta segunda-feira, Mercadante afirma que o depoimento de Pereira "é um factóide com o objetivo de desviar a atenção das investigações sobre o esquema sanguessuga, comprovadamente gestado na administração federal do governo anterior".



Para o senador petista, o que precisa ser investigado é se "a negociação patrocinada por Abel Pereira tinha como objetivo comprar o silêncio dos Vedoin e/ou montar uma grande armadilha para prejudicar a vitória de Lula no primeiro turno e a minha ida para o segundo turno".



Mercadante também negou que tenha liberado qualquer emenda destinada ao esquema dos sanguessugas e que isso pode ser comprovado em consulta ao Orçamento ou à própria CPI que investiga o caso.



O procurador da República Mário Lúcio Avelar, que acompanha o caso pelo Ministério Público Federal, disse que os Vedoin "são vendedores de informações".

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