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Artigos-->É hora de a anta beber água -- 25/10/2006 - 21:42 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




É hora de a anta beber água

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



Em algumas situações em que estamos prestes a tomar uma decisão ou uma atitude de forma contundente e essa deliberação for definitiva, concluímos taxativamente. “É hora de a onça beber água”.



No atual cenário político com essa avalanche de denúncias, dossiês, acusações e dólares em cuecas e quartos de hotel, somos acometidos por um sentimento de decepção, de desilusão, de que as coisas nunca irão melhorar. E que, resignados, devemos conviver com os desmandos políticos.



Em pouco tempo o debate ideológico, filosófico e do pensamento político, estará num passado remoto. Serão folhas carcomidas de um longínquo outono. Como entendermos PP e PT afinados em Santa Catarina? Qual a sintonia de PT e PFL no mesmo palanque no Maranhão. O presidente Lula de braços erguidos com a Roseana Sarney num comício e a senadora Ideli Salvati com o 11 na lapela. É demais! Salva-te PT! Mas o companheiro Espiridião Amin e o companheiro Zé Sarney serão eternamente gratos. A mim, soa estranho.



Um marxista histórico, deputado Roberto Freire, no comando da campanha neoliberal de Geraldo Alckmin. Outra excrescência? Afinal, onde estão as diferenças?

Um eleitor de Cruz Alta, para demonstrar toda sua indignação, usou um nariz de palhaço para votar no primeiro turno. Outros eleitores sentem-se como o nosso robusto mamífero que vive por essas bandas do sul do Brasil, a anta.

E como não sê-lo? Diante de tamanhas cifras desviadas, como não nos sentirmos uma anta quando recebemos o depauperado contracheque?



Consta que Heráclito não era grego e não viveu 5 séculos antes de Cristo. E, sim, era natural de um distrito de Cambará do Sul e viveu errático por várias cidades serranas na primeira metade do século passado. Solitário e na miséria, terminou seus dias em Anta Gorda. Tornou-se um dos mais conhecidos filósofos guascas. Deixou um legado que ainda hoje é estudado nos cursos de graduação. “Uma anta não se banha duas vezes no Rio das Antas, pois nem o rio nem a anta serão os mesmos”. Mesmo que a anta não se banhe e que vá, apenas, bebericar uns goles de água no Rio das Antas, ela, ainda, não será mais a mesma. Profundo? Em que margem do rio você está?



Nem todos nós temos um rio para nos banharmos, mas nas próximas eleições, antes de me deslocar para a seção de votação, tomarei, por via das dúvidas, dois copos de água. No entanto, entre o molusco marinho e o fruto refrescante, opto pelo cefalópode.





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